Deus de compreensão, eu te agradeço por toda a clareza que trazes para minha vida, agradeço pelo amor que me ilumina e pelo teu olhar de amor que me transforma, pelos momentos onde tudo fica claro e me motiva a dizer sim para minha vida, para minha história, para o mundo no qual tu me fizeste.
Permite-me nestes dias orar para que me preenchas completamente, para que a luz de tua glória me ilumine.
que assim seja.
+191-174
muita paz
A ideia de clamar a um "Deus de compreensão" me remeteu ao politeísmo presente em várias vertentes da cultura humana.
Por vezes me parece que o aspecto universal da criação, visto por lentes diferentes e significado a partir das subjetividades características de um tempo e localidade nos leva a crer na existência de diversas dimensões divinas.
Talvez tenhamos dificuldade em construir uma visão sintética que reúna perspectivas aparentemente antagônicas.
Como pensar em uma única entidade portando a força do nascimento e da vida ao mesmo tempo que sustenta forças destruidoras que são capazes de arrebatar milhares de vidas em um único cataclismo?
Como compreender a dualidade tão presente na vida que estabelece o bem e o mal?
Mergulhando mais fundamente, acho que o estabelecimento de tantas entidades divinas acontece devido à nossa dificuldade em pensarmos para além dos limites de nossos sentidos.
Talvez exista, além dos horizontes de nossa percepção, esta síntese de todas as forças e potências que se expressão de maneiras tão distintas atendendo a uma única ordem de organização do universo.
Talvez estas divindades se reúnam em torno de uma diretriz única.
De qualquer forma, se por um lado somos agraciados com a clareza sobre a vida, iluminados pelo amor e estimulados à transformação para realizarmos uma integração mais intensa com todo o universo que nos circunda; por outro lado somos atingidos constantemente pelo sentimento de inadequação e pela perspectiva de que há contexto melhores que geram aflições, desconfortos, dores e sofrimentos intensos.
Seria este desconforto obra de algum "Deus da aflição"?
Tentando compreender este contexto acabei me acostumando a pensar que a vida é de desafios e de provocações. Gosto de pensar que somos estimulados pelo universo a nos posicionarmos de forma dinâmica e ativa na busca de uma posição de mais conforto. Nossa resposta natural seria o progresso que nos coloca em patamares de maior compreensão, conforto e bem-estar diante da vida.
Em outras palavras, as forças do universo nos impulsionariam ao progresso através da superação de desafios propostos e da intuição de que podemos viver contextos melhores do que os vividos. Neste cenário de construção nossos esforços de superação seriam essenciais e o bem-estar seria um sinalizador de progresso realizado.
Nossos esforços de oração seriam uma tentativa de conexão mais profunda com estas forças divinas mapeadas por nós ou com a convergência delas que está além de nossos sentidos e nos garantiria força para significarmos nossas existências exitosas ou penosas em cada momento de nossa jornada.
Neste sentido, que nossa compreensão nos permita atingir patamares de ação perante a vida que nos possibilite gerar progresso e bem-estar diante dos quadros aflitivos e dolorosos. Que possamos sempre celebrar as conquistas que nos fortalecem para enfrentarmos novos desafios.
A ideia de clamar a um "Deus de compreensão" me remeteu ao politeísmo presente em várias vertentes da cultura humana.
Por vezes me parece que o aspecto universal da criação, visto por lentes diferentes e significado a partir das subjetividades características de um tempo e localidade nos leva a crer na existência de diversas dimensões divinas.
Talvez tenhamos dificuldade em construir uma visão sintética que reúna perspectivas aparentemente antagônicas.