Só a coragem de caminhar faz com que o caminho se revele.
+245-120
muita paz
Lembrei de um trecho da poesia "Cantares" do poeta espanhol Antonio Machado, uma de minhas favoritas.
"Caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar."
A cada dia que estudo, leio e entro em contato mais profundo com os mundos de outras pessoas me convenso com mais convicção de que realizamos jornadas singulares e que, embora partilhemos um horizonte possível de realizações e felicidades, não há uma única resposta para a forma de vivermos.
Podemos nos inspirar nas jornadas de outras pessoas, desenvolver conhecimentos através de suas narrativas e crescermos na escrita de nós mesmos, de nossas próprias histórias.
Acredito que, além das histórias singulares, nós não vivemoso o determinismo de destinos lacrados e imutáveis.
Nós vivemos em um mundo que responde de forma ativa às nossas escolhas e que concilia as existências para crescermos a partir de nossas ações, sentimentos e pensamentos.
Desta forma, vivemos em um mundo que se transforma à medida que agimos. Nossa vida está em processo de construção à medida que vivemos.
Os próximos passos e as próximas decisões se desenharão a partir de um mundo que só se configura a partir do que estamos fazendo agora. O nosso passado nos revela a singularidade e a diversidade criativa de um mundo em constante transformação que oferece respostas singulares únicas para cada sujeito.
"Caminhante, são tuas pegadas o caminho e nada mais;"
Nossa história, nossos aprendizados, nossas dores e alegrias são construções que podem inspiriar outras pessoas mas não podem servir como receita de conduta para elas.
Além disso, o nosso passado não é reprodutível nem mesmo para nós. O mundo apresenta novas respostas mesmo quando temos a impressão de que estamos repetindo as mesmas escolhas.
Somos como rios que passam sob uma ponte. A cada segundo há um rio novo que modifica-se e que modifica a realidade conjugando-se às complexidades à sua volta.
"Ao andar se faz caminho e ao voltar a vista atrás se vê a senda que nunca se há de voltar a pisar", já nos disse o poeta espanhol.
Estamos caminhando mesmo que escolhamos estagnar e economizar passos e esforços pois o mundo à nossa volta está se movendo a partir dos passos de todos os que estão conosco na vida.
Acredito que a coragem de agirmos ativamente poderá nos dar condições de estabelecermos sentido para nossas existências e assim construirmos felicidade.
Por mais paradoxal que pareça, seguir com o fluxo rumo ao horizonte significa economia de esforços mesmo que tenhamos que nos transformar a cada passo.
Penso que o custo para mantermos determinado cenário diante de um mundo que se transforma é muito elevado e os resultados inviáveis, fatos que gerarão exaustão e frustrações.
Ao caminharmos nos tornamos capazes de percebermos as tendências da vida e assim o caminho se revela dando chance de nos significarmos melhor no mundo.
Ao pararmos passamos a ver um mundo em trânsito que nos arrasta apesar de nossa atitude de parar. Vivemos incertezas profundas e não seguimos à frente da onda de transformação de nossas próprias vidas além de termos que realizar muitos esforços para nos mantermos em pé e íntegros diante do mundo que passa por nós em alta velocidade.
Lembrei de um trecho da poesia "Cantares" do poeta espanhol Antonio Machado, uma de minhas favoritas.
"Caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar."
A cada dia que estudo, leio e entro em contato mais profundo com os mundos de outras pessoas me convenso com mais convicção de que realizamos jornadas singulares e que, embora partilhemos um horizonte possível de realizações e felicidades, não há uma única resposta para a forma de vivermos.