Vamos respeitar o tempo de semear, o tempo de cultivar e o tempo de colher
Sem perceber, exigimos que tudo funcione na velocidade de nossa ansiedade, de nossa expectativa , de nossa pressa.
+093-272
muita paz
Será que esta imposição sobre os processos da vida para acelerar as coisas não se chama progresso?
Acho que este seria o principal argumento de quem defende a aceleração de tudo.
Entretanto, falar de respeitar o tempo das coisas, talvez diga respeito a uma grande mensagem de humildade. Será que ainda estamos querendo que o universo gire à nossa volta, que exista por nossa causa?
Conscientes de nosso potencial e de nossa força, acabamos impondo de forma violenta nossa forma de pensar e de agir. Acabamos desconsiderando a existência de outros ritmos além do nosso.
Estes atos de aceleração forçada talvez causem estresse no sistema, nos outros integrantes. Sonhos e histórias de vida podem ser eliminados com este movimento do progresso que passa como um rolo compressor por cima dos seres humanos e de seus valores.
Será que a nossa pressa surge como mecanismo de garantia de nossa vontade? Fazer com pressa rouba das outras pessoas a oportunidade de contemplar e de propor ajustes ao plano apresentado.
Acho que os mecanismos do comércio para impor a compra por impulso exemplificam bem esta questão. Diante de riscos como estoques pequenos e prazos curtos de promoção, o cliente sente uma urgência de comprar para não perder oportunidades incríveis.
Mas será que estas oportunidades são realmente incríveis? Há tempo de pesquisar? De ver outras ofertas, de olhar a concorrência?
Há tempo de saber se a oferta urgente realmente atende minhas necessidades?
Conseguiremos saber se realmente precisamos daquela oferta?
Talvez o não seja a resposta para estas perguntas propostas...
Penso que por trás desta exigência para que tudo acelere, reside uma certa violência que sequestra o outro de seu próprio ritmo e contexto.
E, como um efeito bola de neve, esta pressa imposta é passada adiante, fazendo com que percamos as dimensões reais da vida.
Talvez o que sustente esta pressa seja uma intensão violenta de se impor sobre o outro, uma supervalorização de si mesmo e a desvalorização do outro...
Será que esta imposição sobre os processos da vida para acelerar as coisas não se chama progresso?
Acho que este seria o principal argumento de quem defende a aceleração de tudo.
Entretanto, falar de respeitar o tempo das coisas, talvez diga respeito a uma grande mensagem de humildade. Será que ainda estamos querendo que o universo gire à nossa volta, que exista por nossa causa?
Conscientes de nosso potencial e de nossa força, acabamos impondo de forma violenta nossa forma de pensar e de agir. Acabamos desconsiderando a existência de outros ritmos além do nosso.