Bom Deus, que teu espírito suscite dentro da humanidade um número sempre maior de colaboradores e colaboradoras que, em comunhão uns com os outros, se empenhem no trabalho do resgate da dignidade da vida sobre o nosso planeta.
Que assim seja
+197-168
muita paz
A ideia de resgate de dignidades me capturou nesta oração dominical.
Fiquei pensando no que queremos conceituar como digno e passível de ser perdido e resgatado...
O dicionário nos diz que algo digno é algo que merece, ou ainda, algo que está em conformidade; que é apropriado, conveniente e adequado.
Considerando a ideia espírita da existência de uma inteligência suprema, imutável, justa, boa, onipresente, onisciente e onipotente que criou tudo o que existe, que cria desde sempre e que criará para sempre; como algo poderia ser indigno, inapropriado, merecedor de descaso e desconsideração?
Seria possível estarmos em não-conformidade com a fonte criadora que carrega em si ideias de soberania, de justiça e de bondade?
Talvez todos nós sempre sejamos dignos, mas nos recusemos a aceitar o estado atual em que nos encontramos na vida.
Acho que esta ideia de resgate de dignidade revela certo grau de maturidade em que já somos capazes de identificar quadros de vida e possibilidades mais felizes e menos dolorosos do que os que temos vivido, embora experienciemos muitas dificuldades em realizar a transição do que vivemos para o que reconhecemos como melhor.
Nossas escolhas, pensamentos, emoções, sentimentos, ações, palavras e silêncios colaboram de alguma forma com o funcionamento do universo. Não tenho dúvida sobre isso.
Como criaturas, fazemos parte de um sistema coeso e coerente que manifesta os atributos da energia criadora.
Mas já conseguimos perceber que somos conduzidos por este sistema chamado criação a estados mais amplos de consciência integrada.
Constatar possibilidades faz com que projetemos futuros possíveis que passam a nortear nossas ações presentes. Daí a ideia de indignidade.
Mas penso que este sentimento de indignidade é fruto de certa prepotência e arrogância...
Diante de perspectivas melhores, tendemos a entender que estamos no lugar errado, menosprezamos os mecanismos complexos de condução que a vida nos oferta, desejamos estar no controle e assumir as melhores posições do universo.
Talvez se trabalharmos a ideia de aceitação, buscando compreender que o momento que vivemos é sempre o lugar certo para estarmos e nos desenvolvermos, sejamos capazes de sair da ideia de inadequação e não-merecimento para a ideia de gratidão e abundância, quando reconhecemos que somos amorosa e misericordiosamente conduzidos através do tempo de forma respeitosa em relação às nossas capacidades e potencialidades; sem deixar de lado nosso desconhecimento e ignorância.
Hoje sinto que nosso desafio seja aceitar o tempo presente como reflexo do que fomos e do que poderemos ser, considerar que colaboramos na exata medida de nossas capacidades e que todas as expressões do universo são estados de existência que estão transicionando para estados mais belos e complexos ainda não compreendidos por nós.
Assim, poderemos perceber que já vivemos a perfeita comunhão com o universo, embora possamos entrever a possibilidade de criarmos expressões coletivas mais amplas, integradas, belas e conscientes.
Neste sentido, que possamos reconhecer a dignidade do momento vivido que expressa amor e absoluto respeito por nós. Que nosso planeta possa ser testemunha de atos de gratidão e de empenho de transformação de nossa parte.
A ideia de resgate de dignidades me capturou nesta oração dominical.
Fiquei pensando no que queremos conceituar como digno e passível de ser perdido e resgatado...
O dicionário nos diz que algo digno é algo que merece, ou ainda, algo que está em conformidade; que é apropriado, conveniente e adequado.