*você deve sempre ser verdadeiro, e em especial com uma criança*.
_deve sempre cumprir o que lhe prometeu, pois de outro modo lhe ensinará a mentir_.
*+285-080*
*muito bom*
Há muitas dimensões possíveis de serem abordadas quando falamos em sinceridade, verdade, promessas e mentiras.
Há, entretanto, um aspecto que sempre me chama atenção. A busca do atendimento de nossas necessidades através da relação com o outro.
Quando olhamos para este aspecto, somos capazes de olhar com empatia para o contexto, mas também conseguimos gerar compreensão mais adequada.
Marshall Rosemberg, criador da metodologia relacional chamada Comunicação não violenta, CNV, reconhece que o motivador para nos relacionarmos com o outro é a existência de necessidades não atendidas.
Buscamos suprir nossas necessidades através da relação com o outro; esperamos que, de alguma forma, o outro colabore com o atendimento de nossas necessidades.
Ainda segundo a CNV, estamos dispostos a colaborar com o outro quando percebemos a possibilidade de que o outro nos ajude.
Neste contexto, a relação ocorreria como uma negociação entre os envolvidos para que todas as partes atinjam, pelo menos em parte, o atendimento de suas necessidades.
O que nos levaria, então, a sermos parciais ou não sinceros em nossas falas? O que nos levaria a prometer e não cumprir?
Insegurança, baixa autoestima, excesso de intransigência do outro, falta de empatia mútua, rigidez quanto a normas e protocolos, urgência para o atendimento de necessidades, extrema carência, ansiedade, desconhecimento dos próprios limites e capacidades são alguns aspectos que considero importantes quando nos relacionamos.
Talvez as promessas vazias, sem chance de serem cumpridas, e as mentiras surjam como estratégias para superar as adversidades que vemos a partir dos aspectos já levantados, entre outros; estratégias usadas para garantir o atendimento de necessidades vistas como importantes.
O que buscamos ao nos relacionarmos com pessoas mais frágeis do que nós, como crianças, por exemplo?
Acho que carregamos um desejo normativo importante quando nos dispomos a educar. Talvez uma necessidade de impor determinados acordos sociais, talvez a necessidade de ser reconhecido como autoridade, talvez a necessidade de impor ao outro determinadas condutas que julgamos importantes para a manutenção da sociedade conforme os modelos adotados por nós.
As possibilidades talvez sejam infinitas, mas fazem parte deste jogo natural de vivermos em sociedade. Influenciamos e somos influenciados o tempo todo. Algumas vezes a um caráter impositivo e até violento ou coercitivo; em outras vezes há espaço para diversidade, autenticidade e respeito.
Há muitas dimensões possíveis de serem abordadas quando falamos em sinceridade, verdade, promessas e mentiras.
Há, entretanto, um aspecto que sempre me chama atenção. A busca do atendimento de nossas necessidades através da relação com o outro.
Quando olhamos para este aspecto, somos capazes de olhar com empatia para o contexto, mas também conseguimos gerar compreensão mais adequada.