089/2024 - Em busca de Renovação

Inquietação
Somos eternos insatisfeitos. Mas será que estamos dispostos a mudar? TAlvez a renovação e o desapego sejam comportamentos-chave para atingirmos a felicidade que tanto buscamos
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Acordei Inspirado 089/2024 - Em busca de Renovação
089/2024 - Em busca de Renovação
dia do ano
89
Em busca de Renovação
mensagem

Que a sexta-feira santa nos convide a perdoar, agradecer, amar e ter mais compaixão pelo próximo.

Nunca alguém tão grande se fez tão pequeno para tornar grandes os pequenos.
+089-277
muita paz

reflexão

Os vínculos que estabelecemos com a história são diversos e se combinam de maneiras curiosas.

A Páscoa católica me remete ao Pessach judaico que, teoricamente, deveriam convergir para o mesmo período, uma vez que a última ceia de Jesus com seus discípulos ocorreu no início do Pessach, honrando à tradição estabelecida pelos judeus de recordar a libertação dos hebreus após uma sequência de eventos devastadores no Egito que ficaram conhecidos no ocidente como as 7 pragas.

Uma história de escravidão, exploração e sofrimentos do povo hebreu que encerrou após a manifestação do sagrado sobre o Egito, estabelecendo pragas e mortes aos egípcios.

O anjo da morte traz dor para uns e liberdade para outros, regulando expressões humanas abusivas e estabelecendo renovação por um longo período de migração em busca das terras prometidas que foi repleto de lutas, persistência e confiança no sagrado. Mil anos depois, mesmo diante de novas adversidades, o povo hebreu celebrava a memória da liberdade com traços de esperança em dias melhores.

Jesus, de maneira diferente de Moisés, propõe uma nova visão de mundo, visão futura, isenta de combates, de confrontos e de morte; mas repleta de aceitação, perdão e vida plena. Para tal, entretanto, seria necessário mudar paradigmas, renovar olhares e transcender os hábitos sociais usuais para abraçar uma visão de transcendência que seria melhor elaborada séculos à frente por doutrinas vindouras como o catolicismo, o protestantismo e o espiritismo.

Diante deste quadro, embora uns vejam o confronto e a morte como solução de problemas relacionais complexos e outros vejam a aceitação e o perdão como única via possível; em 2024 eu estabeleci minha atenção para a necessidade de renovação de olhares, para o desapego de hábitos tradicionais em favor do estabelecimento de novas formas de pensar.

Será que estamos abertos para a necessidade de renovar modelos de vida em sociedade para atingirmos estágios relacionais mais harmônicos e pacíficos em que os benefícios sejam melhor distribuídos?

Na época de Moisés os hebreus tiveram que abdicar a terra em que nasceram e viveram por quatro séculos, vagaram por regiões desérticas e estabeleceram vida em trânsito, casando, e celebrando enquanto migravam. Os que partiram do Egito não chegaram à terra prometida. Uma nova geração de hebreus o fez. 

Na época de Jesus, os hebreus que chegaram à terra prometida já eram celebrados na memória de seus descendentes. Estabelecidos em outro território, isentos dos esforços migratórios, talvez ainda carregassem nos ritos culturais e religiosos as lembranças do Egito que ficou no passado, mas já estavam acostumados à nova terra natal. Lutavam, entretanto, mais uma vez por liberdade. Instigados por Jesus, eram convidados novamente ao desapego em favor de nova terra prometida através da consideração de um reino espiritual, não mais material.

Muitos séculos correram a partir deste movimento. Novos êxodos se estabeleceram, religiões nasceram, promessas firmaram-se, culturas transformaram-se. Um cenário, entretanto, manteve-se. Frequentemente convocados à renovação, seguimos precisando trabalhar o desapego enquanto vivemos novas realidades se estabelecendo.

Os grandes nomes ficaram no passado e os milagres foram mitificados, mas ainda vivemos expressões humanas abusivas que clamam por regulação e sugerem a urgência de renovações. 

Transformamos muitos aspectos relacionais, ampliamos liberdades e redefinimos a humanidade diversas vezes ao largo destes trinta séculos que nos separam de Moisés, mas mitos como o de Jesus ainda são necessários e precisam ser celebrados para que não nos esqueçamos de valores essenciais.

Liberdade, pertencimento, respeito, perdão, compaixão, gratidão, generosidade, aceitação, persistência, coragem e fé continuam sendo demarcadores importantes para a humanidade que ensaia modelos relacionais harmoniosos.

reflexão

Os vínculos que estabelecemos com a história são diversos e se combinam de maneiras curiosas.

A Páscoa católica me remete ao Pessach judaico que, teoricamente, deveriam convergir para o mesmo período, uma vez que a última ceia de Jesus com seus discípulos ocorreu no início do Pessach, honrando à tradição estabelecida pelos judeus de recordar a libertação dos hebreus após uma sequência de eventos devastadores no Egito que ficaram conhecidos no ocidente como as 7 pragas.

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