A batalha mais difícil é entre o que você sabe na sua mente e o que você sente no seu coração.
Esquecer não funciona.
Fugir não funciona.
O que funciona é tentar alinhar seu coração com aquilo que você já sabe na mente.
+110-256
muita paz
Fiquei pensando neste alinhamento proposto. Senti que há uma divergência saudável de abordagem metodológica e decidi pensar na origem dela.
Descobri uma chave instigante para pensar este convite à reflexão.
O que entendemos por mente?
Se adotarmos a mente como origem da consciência, dotada de capacidade de metacognição e agente ativo capaz de buscar conhecimentos, o que parece ser o caso, leio a proposição como a necessidade de submeter o coração ao intelecto para resolver a batalha.
Por outro lado, se adotarmos um pensamento mais espiritual, a mente seria a unidade singular que se expressa pela integralidade do ser usando duas ferramentas importantes, o consciente e o inconsciente. Neste caso, a consciência não possui autoridade para se impor sobre a mente e esta manteria conhecimentos e saberes ocultos ao consciente.
Nesta linha da mente que possui consciente e inconsciente, o que está no coração pode ser uma expressão inconsciente que não está integrada aos saberes do consciente, o que apresentaria um conflito e talvez uma batalha.
Como ser humano, espiritualista, psicanalista, poeta e escritor, prefiro pensar que minha mente está definida em alguma dimensão além da dimensão consciente, sendo esta, um reflexo parcial do ser singular que sou.
Quando alinhamos o coração aos conhecimentos da mente consciente, negamos aspectos de espiritualidade, de transcendência e de subjetividades; escolhemos ciência, racionalidade e materialidade. Penso que neste contexto o conflito mente vs coração é acirrado, passamos a viver uma busca infindável de caminhos para submeter o coração ou, pelo menos, para compreendê-lo racionalmente. Novos conhecimentos se farão presentes na mente consciente e perceberemos em algum momento a limitação dela. Chegaremos à conclusão sobre a existência da mente, que é controladora da mente consciente e do coração.
Se buscamos alinhar os conhecimentos da mente consciente ao que está no coração, teremos que admitir nossa pequenez diante de uma dimensão maior. Reconhecemos duas dimensões distintas de nós mesmos que precisam de integração e nossa mente consciente terá que abdicar do controle sobre a vida. Passaremos a viver uma busca de ampliação da compreensão consciente sobre o mundo.
Pessoalmente gosto da segunda abordagem. Aceito a existência de algo que não compreendo e que se manifesta com autoridade no coração; a partir daí, diante do mistério, busco ampliar a compreensão consciente.
De qualquer forma, vejo este conflito de forma mais leve, como um diálogo em curso que visa ampliar a quantidade de conhecimento sobre si e sobre o mundo. Um autêntico esforço de autoconhecimento.
Fiquei pensando neste alinhamento proposto. Senti que há uma divergência saudável de abordagem metodológica e decidi pensar na origem dela.
Descobri uma chave instigante para pensar este convite à reflexão.
O que entendemos por mente?
Se adotarmos a mente como origem da consciência, dotada de capacidade de metacognição e agente ativo capaz de buscar conhecimentos, o que parece ser o caso, leio a proposição como a necessidade de submeter o coração ao intelecto para resolver a batalha.