Eu não fui embora porque eu deixei de te amar.
Eu fui embora porque quanto mais eu ficava, menos eu me amava.
+121-245
muita paz
Esta perspectiva é muito interessante. Fiquei pensando sobre a codependência, um transtorno emocional de dependência de um indivíduo. Quando, o codependente não consegue se desvincular ou mesmo estabelecer um relacionamento saudável com uma determinada pessoa.
Através do estudo da codependência, descobri que há muitas pessoas, mesmo que não tenham o transtorno da codependência, que estão afetivamente desconectadas de si mesmas, significando-se através das relações com o outro.
Assumir o amor por si e construir autoestima elevada, em uma cultura como a nossa, é um grande desafio.
Parece que somos educados desde cedo para aguardar a autorização do outro para sermos. A relação de comportamentos não aceitáveis na atualidade é gigantesca e bastante complexa, variando em relações específicas com o grupo social em que nos encontramos e sofrendo forte influência do tempo.
Cada geração em um grupo social estabelece seus códigos de conduta moral a partir do código da geração anterior ajustado aos anseios atuais, dando origem, muitas vezes, a conflitos geracionais, preconceitos, discriminações, invisibilizações e cancelamentos.
Grupos sociais regulam intensa e informalmente as possibilidades de intercâmbio entre si, geralmente estabelecendo fronteiras de tolerância não declaradas que, ao serem atravessadas, dão origem a diversos movimentos de julgamento e discriminação.
No âmbito relacional entre parceiros e familiares, não é muito diferente. A criança castra-se para agradar aos pais; cônjuges suprimem desejos e necessidades para conviver em paz; amigos suprimem falas e ideias para permanecerem bem-vistos, etc.
Muitas vezes temos admiração por nossos professores e ídolos. Mudamos nossa forma de ser para nos aproximarmos destes ícones em nossas vidas. Queremos ser o que a simbologia externa do outro representa para fazermos parte de algo maior.
Neste exercício de pertencimento, suprimimos partes de nossas individualidades. Mas esta supressão suspende o direito de sermos de forma integral, gerando sofrimentos psíquicos e traumas.
Reconhecer este padrão de comportamento de anulação e aprimorando nossa autoimagem através do autoconhecimento poderá nos ajudar a negociarmos melhor esta fronteira de pertencimento, que resulta na promoção de saúde psíquica.
Deveríamos nos perguntarmos com frequência
Qual é o preço que pago para viver este amor relacional de maneira próxima e intensa? Que partes de mim estou sacrificando para viver este desejo?
Quando a nossa resposta apresentar uma perda muito grande de nós mesmos, talvez seja importante reavaliarmos a validade de viver o amor que sentimos pelo outro de maneira tão próxima.
Esta perspectiva é muito interessante. Fiquei pensando sobre a codependência, um transtorno emocional de dependência de um indivíduo. Quando, o codependente não consegue se desvincular ou mesmo estabelecer um relacionamento saudável com uma determinada pessoa.
Através do estudo da codependência, descobri que há muitas pessoas, mesmo que não tenham o transtorno da codependência, que estão afetivamente desconectadas de si mesmas, significando-se através das relações com o outro.