O amor está para além de um simples sentimento: é a força que nos arranca de uma fria solidão e projeta nossa vida para além de nós mesmos.
Ele nos impulsiona a um saudável e criativo crescimento , vinculando-nos às pessoas e às realidades que nos rodeiam , dando sentido a nossa existência.
+219-147
muita paz
Me habituei a pensar que há um impositivo relacional em tudo o que existe.
Eu tenho a impressão de que não é possível existir sem influenciar e ser influenciado por outras existências.
A cosmologia nos diz que materiais densos como o chumbo são fruto de reiterados processos de nascimento e morte de estrelas que existiram, bilhões de anos antes do nosso sol existir.
Um átomo de carbono, igualmente, carrega esta história relacional e nos conta a história do universo, embora seja mais jovem do que um átomo de chumbo.
Em um contexto mais próximo de nossa realidade humana, carregamos uma história genética que nos correlaciona a experiências em várias partes do planeta. Segundo a biologia, nossos corpos seriam um indício forte destas correlações.
Nossos hábitos, nossas tradições, sonhos e desejos revelam construções culturais históricas e anunciam ancestralidades que forjaram psiquismos com muitos aspectos em comum. A sociologia, a antropologia e a arqueologia nos demonstram este fato ao nos falar sobre pátria, família e cultura.
Acredito que o amor pode ser uma espécie de emanação energética deste impositivo relacional. Seria uma energia capaz de forçar relações e de nos impedir a vida apartada.
Baseado nesta ideia, um pensador oriental propôs o conceito de interser, ou seja, somos em coletivo, somos alguém porque o outro também o é, sem que seja possível nos desvincularmos.
A solidão, neste contexto, talvez seja o sintoma que revela a nossa dificuldade de ver as relações que estabelecemos com o mundo.
Vencer a solidão seria, a meu ver, nos tornarmos capazes de perceber e de aceitar as relações que são inevitáveis e que costuram a unidade do universo; costura que independe das interpretações religiosas, filosóficas e científicas; embora seja intensamente estudada por estas linhas interpretativas usadas pela humanidade para gerar compreensão.
Me habituei a pensar que há um impositivo relacional em tudo o que existe.
Eu tenho a impressão de que não é possível existir sem influenciar e ser influenciado por outras existências.
A cosmologia nos diz que materiais densos como o chumbo são fruto de reiterados processos de nascimento e morte de estrelas que existiram, bilhões de anos antes do nosso sol existir.
Um átomo de carbono, igualmente, carrega esta história relacional e nos conta a história do universo, embora seja mais jovem do que um átomo de chumbo.