• Quem sou?

    315/2024 - Quem sou?
    315 - 2024 (10/11/2024)
    Mensagem

    Senhor, sei que eu e meus irmãos, às vezes erramos.
    Sei que a humanidade que se afasta de ti não vive em paz.
    Mas venho pedir-te, criador de todos nós, para que se compadeça de nossas vidas e nos abra os olhos para enxergar o verdadeiro caminho, que és tu.
    E, assim, sejamos capazes de alcançar a paz e o amor que propagas.
    Cuide de nós senhor.
    Que assim seja.
    +315-051
    muita paz

    Reflexão

    Recentemente me peguei observando as duas gatas que tenho em casa. Dormiam relaxadas, sem preocupações. Uma pergunta filosófica brotou em meu coração.

    Será que elas pensam sobre a necessidade de serem gatas melhores para um dia serem felizes? Será que se percebem infelizes, incompletas ou vazias? Em caso positivo, será que estes pensamentos lhes causam angústia, dor e sofrimento?

    O doce mistério de sermos seres humanos que não se sentem suficientemente seres e nem humanos! Nos percebemos apartados do mundo, da natureza e talvez até mesmo da humanidade.

    Sentimos urgência em perceber vínculos de pertencimento e, para tal, dado os sentimentos de vazio e desconexão, talvez nos sintamos punidos e com urgência de ações que nos façam merecer o acolhimento e o sentido de pertencimento que nos falta. 

    Quando será que esta matriz de avaliação da vida iniciou na existência humana? Será uma tônica global, ocidental ou apenas a estrutura de algumas culturas localizadas?

    É difícil saber... 

    O mais importante, entretanto, talvez seja decidir o que fazemos a partir deste modelo de avaliação da vida. Dado que nos sentimos desconectados, desamparados, insuficientes, incapazes e solitários, o que é preciso saber? Que caminhos podemos seguir? A solução para as angústias que vivemos? 

    Carentes de acolhimento e de pertencimento, talvez desejemos achar paz e amor, ou queiramos que estes nos sejam entregues por um elo desconhecido da existência que dá sentido a tudo o que percebemos sem compreensão.

    Vejo, através desta articulação de ideias, que talvez possamos buscar o que nos falta. A compreensão sobre o elo desconhecido, compreensão que pode dar sentido, suprir carências e preencher vazios...

    O caminho para o ser humano talvez seja diferente do caminho dos gatos. A compreensão consciente da realidade parece ser a principal via de estabelecimento de paz e plenitude.

    Perguntar, observar e correlacionar percepções torna-se para nós, seres humanos, parte do trajeto de integração de nós mesmos à natureza. Embora acredite que nunca estivemos apartados, sozinhos ou desamparados, penso que nossas consciências, nos momentos de inquietação, percebem-se desta forma, gerando ansiedade e angústia.