Amar é Libertar: Reconhecendo o Outro como Sujeito
338/2024 - Presença Libertadora338 - 2024 (03/12/2024)MensagemQuem o ama verdadeiramente também vai criticá-lo e corrigi-lo, mas sempre colocando-o para cima, apoiando, incentivando e até oferecendo-lhe alternativas de solução.
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muita pazReflexãoO texto me levou a refletir sobre a ação de amar como um gesto relacional que estabelece possibilidades de crescimento dos envolvidos na relação. Amar seria relacionar-se com o outro criando vínculos em que o afeto e a estima estimulam a integração, a prosperidade, a autonomia e a liberdade dos envolvidos.
Partilhamos a relação e nela habitamos com a intensidade de nossos seres. Entretanto, frequentemente não reconhecemos a plenitude e nem a intensidade do outro ser na relação.
Talvez tendamos a objetificar o outro, ou seja, talvez tendamos a usar o outro na relação como ferramenta para vivermos com intensidade e gerarmos significado para nós.
Hoje, de maneira geral, clamamos cooperação, desejamos reconhecimento e exigimos respeito e deferência às nossas visões de mundo. É como se o outro devesse existir para afirmar quem somos, para existirmos para além de nós mesmos.
Quando incluímos o amor neste contexto, talvez precisemos nos perguntar a quem amamos realmente. Amo meu aluno ou amo a possibilidade de que ele me expresse para o mundo como um bom professor? Amo meu filho ou amo a possibilidade de que ele seja leal à minha visão de mundo e dê continuidade ao legado que imortalizará minha existência?
De forma simples, amamos as pessoas ou amamos a possibilidade de nos refletirmos nelas? Quando o autor aborda a ideia de amor verdadeiro, penso que há uma referência ao reconhecimento do outro como sujeito, não como objeto.
Amar o sujeito seria ser feliz por ver o outro independente, escrevendo sua própria história, mesmo ela não reflita a nossa história. Amar seria tornar-se, à medida que a relação se desenvolve, não necessário, mas presente.