• Amor na base

    122/2024 - Amor na base
    122 - 2024 (01/05/2024)
    Mensagem

    É no brilho do olhar, na manifestação do amor que percebemos a diferença entre o orgulho e a dignidade.
    +122-244
    muita paz

    Reflexão

    Dignidade
    1. qualidade moral que infunde respeito; consciência do próprio valor; honra, autoridade, nobreza.
    2. qualidade do que é grande, nobre, elevado.


    Orgulho
    1. sentimento de prazer, de grande satisfação com o próprio valor, com a própria honra.
    2. aquilo ou aquele de que(m) se tem orgulho.


    O dicionário Osford Languages me sugeriu através do Google que o orgulho pode nascer da dignidade, mas reconheço que as duas palavras estão com seus respectivos conceitos bastante desgastados e distantes do significado essencial.

    Sendo centros de debates acalorados, alguns entendimentos propõe que não devamos cultivar o orgulho, mas que precisamos da dignidade. Outros sugerem que ambos devem ser combatidos com muita ênfase, enquanto ainda há aqueles que conseguem reconhecer a importância de ambos na composição da saúde psíquica do sujeito.

    Eu confesso que não gosto dos determinismos e que me acostumei a me pensar em fluxo, em movimento, em constante atividade de adaptação que me leva ao crescimento como sujeito. Não sei dizer se o amor brilha em meus olhos, mas consigo reconhecer expressões de amor em várias expressões de orgulho e de dignidade em minha história que se aproxima de meio século de existência.

    Pensar o orgulho e a dignidade como expressões humanas que possuem por base o amor é nos permitirmos viver o amor nos caminhos possíveis, caminhos que nos levam pelo autoconhecimento e pela construção de nossas próprias identidades até patamares de bem-estar, de autoestima e de autoamor que facilitem a estrutura de justiça e paz na sociedade.

    Pensar o orgulho e a dignidade do outro como expressões humanas que possuem por base o amor nos caminhos possíveis é aceitarmos o outro em toda a sua diversidade, aceitação que gera respeito e promove a paz nas relações.

    Acredito no amor, mesmo que nossos olhos não brilhem no exercício existencial que busca a própria identidade por meio de possíveis expressões relacionais.

    Dizem que só o amor liberta, que só ele é capaz de implantar em nossas vidas a saúde psíquica, emocional, social e espiritual. Há quem diga que o amor também é base para a saúde biológica, proposição acolhida pela minha essência existencial.

    Independente do grau de brilho nos olhos e da forma de expressão humana, viver o autoamor e o amor ao outro pode ser profundamente libertador e pacificante.