• Diante do universo

    147/2024 - Diante do universo
    147 - 2024 (26/05/2024)
    Mensagem

    Senhor do tempo e da eternidade, ensina-nos a aprender com Jesus a aproveitarmos o tempo no serviço da solidariedade, do próximo e do bem das pessoas  sofredoras e tristes.
    Que assim seja
    +147-219
    muita paz

    Reflexão

    Sempre que penso em religião, minha mente me remete a esta dicotomia interessante entre missionários/apóstolos/mensageiros e os sofredores.

    Por vezes sinto que há um esforço muito grande em definir lugares claros para as pessoas, o que gera um problema para as pessoas que manifestam algum credo religioso.

    Como sofredor, terei o direito de acessar as bençãos e plenitude de entendimento que os iluminados desfrutam? É possível sair de uma posição e migrar para outra? Qual é o preço a ser pago para realizar esta migração?

    Por outro lado, como missionários/apóstolos/mensageiros, temos direito a sofrer e a assumir posições de vulnerabilidade? Posso pedir ajuda a outros irmãos sem ser visto como sofredor e desprovido das bençãos divinas?

    Provavelmente não existe um ponto de vista confortável para assumir este diálogo de fronteira. 

    Gosto de pensar que o que aprendo pode e deve ser colocado não apenas a serviço do outro, mas também a meu serviço, como elixir curativo necessário.

    Há muito a ser feito pelo outro, mas também há muito a fazer em meu favor. Ser sofredor e triste não me impede de acessar um lugar de trabalho em favor do outro. Talvez eu possa até ocupar os dois lugares simultaneamente...

    Mas, como missionário/apóstolo/mensageiro, que eu sempre veja um irmão em igualdade comigo de possibilidades, acessos e ajudas.

    Como sofredor e triste, que eu não me limite a aguardar que alguém superior a mim traga a ajuda decisiva. Hoje sei que posso acessar as bênçãos e a plenitude de entendimento por conta própria.