• Minha alma transborda

    152/2024 - Minha alma transborda
    152 - 2024 (31/05/2024)
    Mensagem

    Chorar é um dos sentimentos mais humanos que conheço, porque é a alma que se materializa numa lágrima.
    Essa lágrima pode ter o nome de tristeza, saudade, arrependimento, frustação, alegria e amor.
    +152-214
    muita paz

    Reflexão

    Poeticamente profundo definir que Chorar é quando a alma se materializa em lágrimas!

    Talvez chorar seja transbordar uma emoção, declarar a incapacidade de conter tamanha expressão humana!

    Fiquei pensando na liberdade conquistada pela alma diante das emoções vividas. Liberdade que é capaz de superar os controles do ego e anunciar a própria humanidade por meio de um corpo, mesmo diante de medos e preconceitos. 

    O corpo fala, mas talvez um dos discursos mais potentes seja o choro, capaz de tocar outras almas, sensibilizando-as para mudanças de atitudes, sentimentos e pensamentos.

    Um momento sério que requer a atenção dos que estão à volta, mas que também pode ser vivido cheio de solitude. Talvez uma ponte entre o espiritual e o material se estabeleça neste momento, o que permitiria escoar energias represadas e limpar sentimentos sufocados, trazendo alívio e clareza para a mente consciente.

    Há quem prefira dizer que o choro seria uma explosão do inconsciente, que declara algo ao consciente, permitindo que este elabore a própria realidade, reorganizando-se para atuar sobre a vida de maneira mais dirigida.

    Eu arriscaria dizer que chorar pode ser um pouco de tudo isso e talvez mais alguma coisa, o que explicaria o contágio fácil do choro, que promove mudanças de ares mentais nas pessoas presentes durante a fala da alma materializada. 

    Podemos pensar que chorar é uma forma de construção conjunta? Ou seria um convite à colaboração em uma cena da vida de quem chora?

    Em meu coração, sinto que eu nem preciso racionalizar tanto, embora a racionalização ajude. Permito que o choro brote naturalmente, de maneira espontânea e abundante, conectando-me ao mundo e às pessoas com quem me relaciono. 

    Gratidões, alegrias e amores vividos de maneira autêntica, tristezas, saudades, arrependimentos e frustrações; todos ganham livre expressão que nasce no peito e eclode em choros. Convites abertos para meu templo interior e para relações mais humanizadas com o mundo.