Recentemente estive pensando sobre nossas habilidades de cálculo da vida. 

Calcular pressupõe conhecimento e admite desconhecimentos. 

No primário a professora não solicita que dividamos cinco balas entre duas crianças porque a resposta será a impossibilidade.

No ensino médio não extraimos raiz quadrada de números negativos porque desconhecemos os números imaginários.

Vivendo na beira do mistério e da impossibilidade, limitados pelo que conhecemos, calculamos por aproximação!

Tentamos chegar a resultados satisfatórios. 

Aprendemos a lidar com a bala que sobra, criamos artifícios imaginários para seguir em frente e, pouco-a-pouco, aprimoramos nossos conhecimentos, desconhecimentos e habilidades de cálculo.

Após cada confronto insolúvel ou parcialmente solúvel, virão novos desafios. 

Sigamos incansáveis, estimulados pela curiosidade de não termos sabido chegar a um resultado satisfatório!

Não saber e buscar me parecem ser as tônicas do ser humano.