Será que uma vida movida pelas rotinas maquinais, pelas tristezas profundas, pelas raivas e ódios diante da não-aceitação das ocorrências da vida que nos atingiram, seria uma vida sem sentido?

Pergunto isso diante da palavra "entusiasmos", que talvez revele a aceitação pessoal e a total adesão ao que a vida propõe, desde que não sejamos frustrados em nossas expectativas e perspectivas.

Talvez existam, entretanto, contextos em que não conseguimos dar significado ao que nos acontece.

Penso em outros casos em que a geração de frustração parece ser o móvel do universo sobre nós que, proibidos de ter o que queremos, temos que conciliar sentimentos, emoções e aceitação.

Seguindo à frente na reflexão, será que a frustração, a raiva e a insatisfação seriam capazes de gerar motivação, mesmo sem a presença do entusiasmo? 

Penso que sim.

Talvez a vida incompreensível, a frustração e a falta de propósito sejam elementos dificultadores da geração de entusiasmo, exigindo empenho constante e atenção incansável, o que pode parecer um movimento pesado e difícil.

Mas e se, ao invés de entusiasmo, usarmos aceitação?

Aplicando fé e/ou confiança nesta equação, talvez vejamos nascer a vontade, apesar da falta de entusiasmo.