Penso que toda manifestação individual é a expressão de co-criação no mundo. 

Ações, inações, falas, silêncios, sentimentos e emoções esculpem a realidade à nossa vota, criando um campo relacional de possibilidades que atrai nossos pares, mas que também confronta o adverso.

Transpiramos nossos sonhos, desejos e aversões; provocamos o universo a nos responder, provocando-nos ao autoconhecimento, à superação e à aceitação. 

Moldamos a realidade à nossa forma de ser enquanto somos moldados pelas leis de funcionamento do universo que nos impõe limites claros. 

Negociamos a fronteira entre o indivíduo e o universo, estressamos nossa identidade e crescemos espiritualmente através destes esforços.

As palavras e os silêncios, assim como todas as outras expressões humanas, carregam o sentido construído anteriormente e a nossa intensão ao articulá-las. Acatamos o que foi e decretamos o que será dentro dos limites do universo através de nossas expressões.

Neste sentido, se estamos atentos aos nossos desejos e aversões, atuamos no universo com intencionalidade e coerência. Caso contrário, nos constituímos como agentes a serviço de outras vontades.

De forma análoga, dirigimos agentes inconscientes de seus próprios desejos e aversões com nossas ações dirigidas...

Palavras e silêncios articulados de maneira incoerente e inconstante promovem imprevisibilidade e são a expressão da imaturidade espiritual. Articulados coerentemente, ordenam a vida em sociedade, promovem amadurecimento e geram felicidade.

Mas será que estamos atentos e conscientes ao provocarmos o universo a nos prover com respostas?