As coisas precisam de limites para que se tornem conhecidas, caso contrário representam o nada, o mistério e o desconhecido. 

Reduzimos dimensões, impomos fronteiras, delimitamos para conseguirmos acessar cognitivamente algo e nos relacionarmos com ele. 

Limitamos tudo para o alcance de nossos sentidos e declaramos a impossibilidade de existência de tudo o que não couber nesta definição limitada. Até mesmo a criatividade e a imaginação voam limitadas pelos repertórios que carregamos em nós. 

Talvez por isso o amor precise ser do tamanho do palco das estrelas e precisemos tanto de exploradores insatisfeitos com os limites coletivamente definidos para o que existe. 

O pensamento proposto define o amor como algo maior do que tudo o que conhecemos, mas ainda assim, está limitado ao que conhecemos.

Hoje penso se o amor não seria uma espécie de contêiner de tudo o que existe, o invólucro para delimitar e significar tudo o que existe.

Embalados, envolvidos e circunscritos pelo amor, talvez existamos como sua expressão, o que mudaria a forma de pensarmos muitas coisas em nossas vidas.

Nossas expressões tímidas de amor ainda precisam ser reduzidas ao tamanho do palco das estrelas para conseguirmos expressar o infinito.

Eu gosto de pensar que não há amores pequenos ou grandes, mas limitações para expressá-lo.