116/2022

116/2022
dia do ano
116
O amor que causa
mensagem

O amor é a causa de todas as coisas.
É, através dele que os seres têm deixado os campos de guerra para cultivar os campos de paz.
O amor é a ordem certa de tudo.
Tudo se equilibra onde o amor atua.
Tudo se harmoniza onde ele se encontra.
Sem ele, nada muda, nada acontece, nada flui, nada se transforma.
Ame sempre
+116-249
muita paz

reflexão

Cada vez mais invisto tempo nesta vida para pensar sobre este tema que parece me perseguir. 

Talvez todos nós sejamos perseguidos pelo amor e só não percebamos. Mas uma coisa é certa. Nós o perseguimos com muita força também.

Sinto que a vida só faz sentido se estabelecermos relações saudáveis, afetuosas e de cuidado conosco e com os outros. Acho mesmo que adoecemos quando não conseguimos manifestar este amor.

Ficamos briguentos e carrancudos, nossa pele mostra desgaste além do natural, deprimimos e não nos alimentamos direito quando nos falta amor, quando não nos sentimos amados ou correspondidos.

Mas talvez esta falta de amor seja um sintoma crônico de nossa imaturidade espiritual. Será que é por falta de amor que guerreamos? Talvez guerreemos a pesar dele ou por causa dele!

Em minhas reflexões e estudos comecei a distinguir dois aspectos ligados ao amor que talvez seja importante resgatar neste momento.

O primeiro aspecto fala do amor como uma matéria prima, um princípio que está presente em tudo e em todos. Ele é como se fosse a matéria elementar para a constituição de tudo e, para mim, é o vínculo que nos conecta à criação e ao criador.

Acredito que nossa imaturidade espiritual não nos permite acessar os repositórios infinitos de amor puro que estão presentes no universo. 

Nós precisamos suprir nossa necessidade de amor através deste amor já elaborado e transformado. O amor do artesão por sua obra de arte, o amor de mãe, o amor pela pátria, o amor dos casais podem ser exemplos deste amor que ficou qualificado para tipos específicos de expressão humana.

Isto nos leva ao segundo aspecto que é o ato de amar. Quando colocamos esta matéria elementar, o amor, em movimento nas relações que nutrimos.

Oferecemos aos consumidores o amor pelo nosso ofício, oferecemos aos filhos o amor paternal e o maternal, oferecemos aos compatriotas o amor por termos nascido naquele país, oferecemos o amor conjugal aos nossos parceiros... 

Penso que viver em conflito não é falta de amor. Talvez seja uma organização diferente deste amor em fluxo. Se só aprendemos a ser patriotas teremos dificuldade em acessar e distribuir o amor paternal aos filhos. Se amo com intensidade meu trabalho, talvez tenha dificuldade em colocar amor nas relações conjugais...

Somos criaturas limitadas. Não podemos carregar todo o amor do mundo conosco e ainda precisamos escolher dentre os tipos de amor quais são aqueles que carregaremos conosco e que habitarão nossas expressões relacionais.

Talvez por isso existam tantas ilhas de escassez em nossas vidas. Amando muito com um tipo de amor nos tornamos incapazes de amar outros aspectos da vida e acabamos corrompendo as relações que estabelecemos naquele campo.

Como priorizamos os nossos fluxos de amor? Como dirigimos nossas potências amorosas? Talvez esta seja a grande chave para acharmos mais equilíbrio e felicidade em nossas vidas.

Todos nós amamos e somos capazes de acessar o amor do universo em suas mais variadas fórmulas.

O ódio por alguém talvez sinalize o amor expressado de maneira muito potente por outro aspecto da vida. Talvez não seja falta de amor e sim excesso de amor canalizado em outros pontos. 

Realmente acredito que "O AMOR É A CAUSA DE TODAS AS COISAS."

Também acredito que através do equilíbrio podemos estabelecer mais felicidade e plenitude em nossas vidas. 

Mas defendo a ideia de que cabe a nós buscarmos este equilíbrio entre as expressões de amor. Não basta amar. É preciso considerar os nossos limites de mobilização de amor e considerarmos onde canalizaremos estes amores acessíveis para que nos mantenhamos conectados à vida de forma ampla e saudável

É este exercício que nos ajudará a amadurecer espiritualmente e até mesmo a acessar formas mais gerais de amor, formas menos carregadas de personalismos. 

Talvez possamos reduzir, por exemplo, o amor materno para experimentarmos cotas maiores de amor pelos seres humanos, amor que poderá fluir pelas relações de maternidade nutrindo boas relações com nossos filhos mas que também poderá fluir e alimentar relações com outros seres humanos que não sejam nossos filhos.

Que possamos buscar melhores equilíbrios nos nossos atos de amar para que sejamos capazes de amar de forma mais abrangente nos conectando mais eficientemente com a criação. 

reflexão

Cada vez mais invisto tempo nesta vida para pensar sobre este tema que parece me perseguir. 

Talvez todos nós sejamos perseguidos pelo amor e só não percebamos. Mas uma coisa é certa. Nós o perseguimos com muita força também.

Sinto que a vida só faz sentido se estabelecermos relações saudáveis, afetuosas e de cuidado conosco e com os outros. Acho mesmo que adoecemos quando não conseguimos manifestar este amor.

Tags

Mais Reflexões

Como podemos transformar incertezas e desafios inesperados em oportunidades de crescimento e aprendizado pessoal?
Como nossas escolhas e experiências moldam a identidade que acreditamos ser verdadeiramente nossa?
Como podemos encontrar coragem e propósito em meio à certeza da nossa finitude?
Como podemos equilibrar o amor infinito que sentimos com as limitações de tempo e atenção nas nossas relações diárias?
Como a conexão entre autoconhecimento e perseverança pode influenciar nossa capacidade de superar desafios e alcançar o crescimento pessoal?
Como podemos transformar a devoção em um compromisso pessoal que favoreça nosso crescimento espiritual e nos ajude a encontrar paz interior?
O que dá significado à sua existência? Uma reflexão profunda sobre fé e espiritualidade pode revelar respostas surpreendentes...
Como podemos realmente entender e influenciar a complexa interação entre nossos pensamentos e emoções para alcançar o bem-estar emocional?
Como podemos reconhecer e assumir o protagonismo em nossas vidas em meio às rotinas que frequentemente nos relegam a papéis de coadjuvantes?
Até que ponto a busca incessante por superação e realização de desejos pode nos afastar de nossa própria humanidade e nos levar a consequências irreversíveis?
Como podemos expandir nossa compreensão do amor para promover relações mais saudáveis e integrativas em nossas vidas?
Como podemos transformar incertezas e desafios do presente em oportunidades de crescimento e gratidão para o futuro?