🎼tenho vontade🎼
🎼de te dizer frente a frente🎼
🎼quanta saudade🎼
🎼há do teu amor ardente🎼
*+120-245*
muita paz
Fiquei pensando em uma definição de saudade que li há um tempo.
Saudade é o amor que fica.
Juntando esta ideia com nossas conversas anteriores onde falamos sobre tipos de amor e pensando na música, fiquei refletindo sobre as dificuldades que temos para reconhecer o amor que construímos e para apresentá-lo de maneiras variadas em nosso tempo presente.
Talvez nosso deseje de controlar racionalmente o que sentimos e a necessidade de termos definições lógicas e racionais para tudo o que nos acontece tragam mais uma camada de complexidade para este movimento de amor e acabem causando muitas dores na alma.
Sinto que somos apressados e ansiosos para estabelecermos decisões definitivas sobre tudo, inclusive sobre os relacionamentos e sobre o amor que fazemos fluir através deles.
Mas será que, em assuntos de humanidades, podemos ser tão claros, ágeis e definitivos?
Assumir a incerteza, fugir das situações polarizadas e viver matizes de sentimentos e emoções que se misturam variando no tempo me parece ser o caminho mais coerente e também o menos cheio de certezas absolutas.
Será possível amar e odiar simultaneamente? Acredito que sim. Talvez alguns aspectos da vida nos tragam algumas emoções enquanto outros tragam outras emoções que versem sobre a mesma relação.
À medida que nosso ponto de vista é reposicionado, sentimos as emoções variarem e com elas as respostas que precisamos dar naquele momento.
Talvez o mais coerente seja admitirmos que em matérias de emoções e de sentimentos não é possível sermos definitivos sobre um assunto.
Mas será que há relação desta dificuldade de sermos fluidos com nossas emoções e sentimentos com a fuga espetacular que realizamos para não nos sentirmos frágeis e vulneráveis?
Não tenho dúvida de que a saudade resgata a importância positiva de algo vivido em algum momento e que gostaríamos que se repetisse em nossa jornada.
Mas a repetição daquelas emoções poderão nos levar às outras que nos conduziram ao afastamento e isto pode nos fazer ressentir as dores e sofrimentos.
Daí sofremos de saudades mas nos mantemos distantes do objeto de nosso amor, talvez evitando ressignificá-lo para não corrermos o risco de vivermos novamente dores e frustrações.
Mas isto não seria abrir mão de nossa humanidade?
Voto para que revisitemos nossas emoções e sentimentos sempre que julgarmos necessário para que não venhamos a ficar saudosos, tristes, melancólicos.
Mas também voto para que sejamos ágeis e hábeis em buscar adaptações na medida em que reviver emoções e sentimentos nos tragam dores e sofrimentos.
Acredito que devemos sempre buscar uma vivência plena e maleável no presente que nos impulsione a vivermos novas experiências e aprendizados.
Um grande amor vivido talvez não possa mais ser resgatado sobre a mesma forma do passado mas talvez podessa fluir em nossa vida de relações sob a forma de frarnidade, de amizade e de solidariedade.
Assim sentimos a saudade do amor uma vez vivido e usamos estas lembranças para lançarmos novas ações na vida presente ao invés de ficarmos aprisionados ao que foi ou poderia ter sido.
Assim amadurecemos e crescemos como seres humanos.
Fiquei pensando em uma definição de saudade que li há um tempo.
Saudade é o amor que fica.
Juntando esta ideia com nossas conversas anteriores onde falamos sobre tipos de amor e pensando na música, fiquei refletindo sobre as dificuldades que temos para reconhecer o amor que construímos e para apresentá-lo de maneiras variadas em nosso tempo presente.