O amor torna doce as coisas amargas e leves as insuportáveis
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muita paz
Fiquei pensando se as coisas amargas e insuportáveis também não poderiam ser expressões de amor.
Como espiritualista espírita, costumo pensar que a criação está ordenada para promover o desenvolvimento sistemático e gradual das criaturas através de aprendizados logicamente encadeados conforme a capacidade e a habilidade dos sujeitos aprendentes.
Nesta escalada de amadurecimento espiritual, nós somos levados a expandir nossas consciências e a nos responsabilizarmos pela felicidade através de vivências em que a adesão voluntária a um conjunto de regras de funcionamento do universo chamado Lei Natural parece ser um caminho lógico, amoroso, paciente e misericordioso.
A felicidade seria uma imposição do criador, embora desenvolvimento dela se dê conforme a vontade e o amadurecimento de cada criatura.
Podemos amadurecer lentamente ou de forma muito rápida. Mas sempre seremos conduzidos pela Lei Natural a cenários de aprendizado sobre a felicidade e sobre a plenitude espiritual. Nos habituamos a chamar esta condução coercitiva e amorosa de Vontade de Deus, que, segundo nosso entendimento, é o melhor que pode nos acontecer.
As amarguras, as dores e as dificuldades seriam formas mais intensas de nos levar à reflexão sobre os valores mais importantes para o espírito e exigiriam um certo esforço individual adicional para serem superados.
Neste caminho manifestamos resistência por não percebermos a infinita extensão de nossas existências espirituais e o propósito das vivências propostas.
Talvez alguns momentos de provocação e de aprendizado até possam ser vistos como insuportáveis e insuperáveis.
Mas acredito que esta percepção se relaciona com a forma como percebemos nossas próprias existências e propósitos.
Em curto prazo tudo pode ser incompreensível e doloroso. Talvez até sintamos dificuldade em seguir em frente a pesar das dificuldades.
A longo prazo percebemos que tudo o que nos acontece ganha dimensões de aprendizados necessários e o tempo perde sua dimensão predominante.
Esta mudança de ponto de vista nos ajuda inclusive a construir esperança e resiliência diante das dificuldades da vida.
O que antes era visto como dor e sofrimento impostos sem motivo aparente ganha contornos de ação educativa e dedicada; como expressão amorosa.
Desta forma penso que não seja uma questão de ações amorosas, mas sim de uma mudança em nossa forma de perceber a realidade.
Quando compreendemos o amor com que somos conduzidos à felicidade, nos acomodamos às dores e desafios com ares de empreendimento necessário para assumirmos patamares novos e melhores diante da vida.
A vida fica doce e leve porque conseguimos nos sentir amados.
Fiquei pensando se as coisas amargas e insuportáveis também não poderiam ser expressões de amor.
Como espiritualista espírita, costumo pensar que a criação está ordenada para promover o desenvolvimento sistemático e gradual das criaturas através de aprendizados logicamente encadeados conforme a capacidade e a habilidade dos sujeitos aprendentes.