046/2023 - Defeitos aceitáveis

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046/2023 - Defeitos aceitáveis
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46
Defeitos aceitáveis
mensagem

Destacando os defeitos dos que convivem contigo, muitas vezes, deixa de perceber-lhes as qualidades
+046-319
muita paz

reflexão

Procurei pensar sobre as definições de defeito e de qualidade sob uma ótica mais ampla.

Me dei conta que estes conceitos surgem quando observamos o objeto ou pessoa em questão em relação a um padrão estabelecido de comparação.

Sendo assim, acabou sendo inevitável questionar os padrões que elegemos como elementos normativos para nossas avaliações.

Que objeto elegemos como padrão? Estaremos usando como referenciais padrões utópicos e não alcançáveis?

Estamos usando por base para definir nossos padrões de referência apenas o passado e as experiências vividas para compreender o presente e projetar futuros ideais?

Estamos conseguindo perceber que estes padrões adotados talvez precisem ser ajustados com certa frequência porque, frequentemente, nossa realidade se altera de formas não previstas e nossos propósitos também mudam?

Me parece que o processo de avaliação de defeitos e de qualidades pode ser comparado ao processo de avaliação de uma localidade a partir de uma foto.

Lembro que certa vez um corretor de imóveis usou um argumento de venda curioso para falar de uma unidade em andar alto de um prédio. 

Este apartamento é indevassável. - Disse-me ele empolgado enquanto apontava para a janela que revelava muitos terrenos prontos para receber construções em futuro próximo.

A grande questão é que a privacidade absoluta que eu teria se caracterizava naquele momento em que aquele prédio era o único no centro de um terreno rodeado por outros terrenos que ainda estavam sem construções.

Quem me garantiria que em dez ou vinte anos eu não estaria cercado de outros prédios, talvez mais altos do que o meu?

Naquele momento houve uma projeção de privacidade para o futuro que não tinha garantias de persistência.

Qualidades e defeitos dizem respeito a uma comparação que estabelecemos que é carregada de projeções e utopias baseadas nas experiências passadas.

Uma qualidade hoje pode ser um defeito amanhã. Basta que movamos nosso referencial.

Recordo-me que crianças caladas eram vistas como bons alunos em um passado não muito distante. O referencial era o conteúdo que o professor precisava apresentar.

Hoje, com o foco da avaliação no aluno e não no conteúdo apresentado, uma criança calada pode ser vista como alguém que precisa de apoio por estar com dificuldades de socialização e de entendimento.

Acho que nesta avaliação de qualidades e de defeitos nós precisamos também considerar os referenciais que usamos. 

Quando valorizamos um defeito ou uma qualidade, nós o fazemos com vistas a que referenciais? Quais projeções estamos propondo enquanto modelo de mundo?

Acho que refletir sobre isso nos ajuda a compreender melhor o nosso sistema de crenças e de valores e as prioridades que damos à vida. 

Talvez descubramos que alguns defeitos são toleráveis e algumas qualidades não são desejáveis. Tudo isto porque talvez estejamos olhando para uma escala referencial que não é adequado às nossas projeções de felicidade...
 

reflexão

Procurei pensar sobre as definições de defeito e de qualidade sob uma ótica mais ampla.

Me dei conta que estes conceitos surgem quando observamos o objeto ou pessoa em questão em relação a um padrão estabelecido de comparação.

Sendo assim, acabou sendo inevitável questionar os padrões que elegemos como elementos normativos para nossas avaliações.

Que objeto elegemos como padrão? Estaremos usando como referenciais padrões utópicos e não alcançáveis?

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