Aquele que tudo adia, não deixará nada concluido nem perfeito.
+065-300
* muita paz*
Esta proposição fez minha cabeça explodir de perguntas e questionamentos! Compartilho com você alguns deles antes de seguir refletindo sobre o tema proposto.
Será realmente necessário deixar coisas em algum estado? Precisamos de intencionalidade na definição deste legado que fica?
Em caso positivo, o que devemos deixar?
Para quem devemos deixar?
Como deveremos deixar?
De que vale nossa ação no mundo?
O que é um estado de conclusão?
O que dizer de um estado de perfeição?
Para que servem as coisas que fazemos?
Existirá alguma outra dimensão de utilidade para além do legado que fica?
Tenho pensado muito na ideia de que nossa ação no mundo, embora deixe marcas neste mundo, devem funcionar prioritariamente para o nosso crescimento e para a superação de nós mesmos.
Neste pique, fico pensando que o foco é a vivência em si e não o resultado atingido. Os aprendizados realizados, os medos superados, as ampliações de olhar talvez contem muito mais do que o estado final da experiência.
Ainda pensando neste cenário da não conclusão como caminho, ou seja, da priorização do momento vivido inspirado em uma visão de futuro possível, eu me perguntaria o que é perfeição?
Seria o perfeito o estado de total coerência entre o que foi idealizado e o que foi realizado? Neste caso, como ter uma visão completa e coerente de algo que ainda não dominamos, que está se concretizando a partir de nossos desconhecimentos?
Talvez o perfeito seja inalcançável pelo fato de estarmos sempre lançando novas ideias de perfeição a partir do que aprendemos a cada instante da vida.
Talvez nossa busca pela perfeição gere mais angústia e ansiedade do que resultados. Penso nisso porque parece que ficamos tentando concluir algo cujo planejamento inicial sempre se modifica para atingir novos ideais de perfeição.
A falta de uma conclusão talvez seja tão paralisante em algum momento da jornada que nos convençamos de que não conseguimos atingir a perfeição e deixemos passar a grandiosidade do que construímos até aquele momento em que paralisamos.
O horizonte distante e o medo da falha talvez nos impeçam até mesmo de começarmos a andar em direção ao que almejamos.
Talvez almejar a conclusão perfeita seja motivo suficiente para adiarmos o começo a fim de reduzirmos desperdícios e evitarmos erros.
Talvez aquele que tudo adie esteja preso na visão do horizonte sem perceber o que está acontecendo no primeiro plano de sua vida.
Talvez a quebra deste panótipo nos liberte para a execução e para a experimentação sujeita a inconclusões, erros e imperfeições que nos apresentam amadurecimento, aprendizados e felicidades a cada dia de nossa estrada.
Talvez só faça sentido usarmos a utopia de conclusão e perfeição como inspirações para nos mantermos em movimento aqui e agora, em primeiro plano.
Esta proposição fez minha cabeça explodir de perguntas e questionamentos! Compartilho com você alguns deles antes de seguir refletindo sobre o tema proposto.
Será realmente necessário deixar coisas em algum estado? Precisamos de intencionalidade na definição deste legado que fica?
Em caso positivo, o que devemos deixar?
Para quem devemos deixar?
Como deveremos deixar?
De que vale nossa ação no mundo?
O que é um estado de conclusão?
O que dizer de um estado de perfeição?
Para que servem as coisas que fazemos?