180/2023 - Pavilhão central

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180/2023 - Pavilhão central
dia do ano
180
Pavilhão central
mensagem

”imparcialidade e universalidade”, são duas palavras que devem fazer parte da nossa bandeira.
_significam elas: _
perdoar, abraçar, amar e fazer o bem a todos
+180-185
muita paz

reflexão

Eu diria que a meta proposta "imparcialidade e universalidade" é uma meta necessária, porém audaciosa. 

O significado proposto para ela talvez nos aponte formas de nos relacionarmos com a bandeira central, mas vejo inúmeras dificuldades, percalços e desafios no erguimento desta bandeira no mastro central de nossos corações e mentes.

Podemos aplicar justiça imparcial ou misericórdia imparcial, mas como discernir entre justiça e misericórdia? Talvez nem seja possível realizar esta separação e precisemos pensar em termos de justiça divina, que reúne justiça e misericórdia e, em sua prática, nos sugira parcialidade de uma ou outra potência.

Quando aceitamos a imparcialidade, pressupomos o conhecimento absoluto de todas as circunstâncias, cenários e diretrizes; o que nos possibilitaria agir de forma única e precisa em todos os casos. Mas será que podemos decretar o conhecimento absoluto? 

Um assassinato praticado por um louco, por um ladrão, por um assassino e por um soldado em meio à guerra terão o mesmo peso? Seremos capazes de perdoar a todos? Será que alguns não deveriam ser submetidos a determinadas experiências educativas?

Acredito que um mesmo ato pode ser avaliado, refletido e julgado sob diversos pontos de vista. Considero ainda que o resultado desta avaliação deve incluir os objetivos apontados por nossa autoridade, a intencionalidade do autor do ato, e as metas definidas pelas autoridades superiores à nossa. Se consideramos a necessidade do combate contra uma nação invasora para defender patrimônios, cultura e vidas, talvez seja desejável matar o maior número possível de soldados inimigos. Mas se tratamos de tempos de paz, talvez a morte de um ladrão não seja algo tolerável na mesma sociedade, mesmo que este ladrão seja um soldado que teve autorização para matar no passado. Vejo certa parcialidade inevitável neste julgamento.

Quem somos, para onde queremos caminhar e o que julgamos intolerável em uma cultura são argumentos poderosos que geram ações diferentes para um mesmo ato em contextos diferentes, talvez até mesmo no mesmo contexto.

Talvez, diante de nossas intolerâncias, o melhor abraço seja a exigência da manutenção de afastamento que sugere a tolerância com limites claros. Até onde conseguimos tolerar a forma do outro ser diferente de nós?

Ter o ato de amar como pano de fundo de nossas ações pode gerar práticas de educação, de cuidado, de tolerância, de paciência, de aceitação e até mesmo de demonstração de afeto. Ser universalista e imparcial significa projetarmos amor para todos da mesma forma? Talvez não.

Jesus propõe que o amor ao inimigo tem conotação diferente do amor a uma pessoa por quem nutrimos afeto. Amar ao inimigo é deixá-lo seguir em frente sem gerar dores e cobranças para ele, enquanto amar a um filho é dedicar-lhe todos os esforços possíveis para que ele se constitua da melhor forma possível.

Penso que a prática do bem é algo desafiador porque propõe a habilidade de deixar seguir a pesar dos danos causados, abraçar e sustentar mesmo quando não partilhamos dos mesmos pontos de vista e amar sem fazer distinção. Mas estas premissas colocadas em prática poderão, e acredito que devam, gerar atitudes diferentes que sugerem parcialidade e tratamento não universal.

Aceitar nossa incapacidade, pelo menos momentânea, para sermos imparciais e universalistas poderá abrir campo para conseguirmos olhar o outro em maior profundidade. Neste trajeto, ampliaremos nossa forma de ser e nos abriremos à aquisição de mais conhecimentos sobre circunstâncias, cenários e diretrizes. 

Desta forma, talvez nunca atinjamos o conhecimento absoluto de tudo, mas seremos mais aptos a adaptar nossas ações considerando o pavilhão da imparcialidade e da universalidade.

Sigamos em frente! Aos poucos aprenderemos a escrever as práticas de imparcialidade e universalidade, conseguiremos bordá-las em nossas bandeiras e colocá-las em campo visível no alto central das práticas humanas para servirem de referência inequívoca.

reflexão

Eu diria que a meta proposta "imparcialidade e universalidade" é uma meta necessária, porém audaciosa. 

O significado proposto para ela talvez nos aponte formas de nos relacionarmos com a bandeira central, mas vejo inúmeras dificuldades, percalços e desafios no erguimento desta bandeira no mastro central de nossos corações e mentes.

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