O amor não é uma tábua de salvação para todas as nossas angústias e inquietações , mas pode nos aproximar da cura.
Pode nos trazer um tipo de tranquilidade e certeza que valida e justifica a existência , e nos autoriza a acreditar em nós mesmos, buscando ser melhores conosco e com os que nos cercam.
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muita paz
A partir do pensamento proposto, fiquei pensando se o amor não seria uma plataforma de superação de nossas angústias e inquietações que nos aproximaria de um estado de aceitação de nós mesmos, o que poderia trazer certa paz em relação às nossas dores, dificuldades e doenças.
Acho que a humanidade desenvolveu conhecimentos suficientes para nos desligarmos da ideia de salvação, nos liberando para abraçarmos um cenário de melhoria contínua e de superação em que nos tornamos mais plenos e capazes à medida que o tempo passa. Nesta jornada, não conseguimos nos livrar das dores e das doenças, uma vez que, até onde entendemos, a finitude é uma característica da vida biológica. Mas conseguimos viver com menos desconforto e mais controle sobre os processos de adoecimentos.
Penso que o amor seja postura oriunda da inteligência diante da vida que promove a ressignificação de emoções, a construção de sentimentos e a melhoria das relações que estabelecemos com o mundo.
Talvez, em um primeiro momento, as práticas de amor tragam desconforto, inquietação, preconceitos, incompreensões e confrontos por parte daqueles que são amados, dificultando a continuidade das práticas amorosas. Penso inclusive que aquele que está construindo o amor vive de forma intranquila na fase inicial e pode até mesmo ter dificuldades em gerar certezas que validem e justifiquem a própria existência.
Mas, como o pensamento propõe, a prática do amor nos ajuda a nos sentirmos autorizados a acreditar em nós mesmos. Através dela nos vemos como seres distintos, como individualidades singulares que, embora precisem viver em relação com os outros e se beneficiarem destas relações, existem e sobrevivem a pesar de tudo.
Assim, passamos a dar mais valor às nossas concepções de mundo, filtramos mais as influências e sugestões externas, nos responsabilizamos mais por nossos atos e também aceitamos este tipo de postura do outro.
Nossa forma de nos relacionarmos com o outro tende a melhorar através da prática do amor, postura que estabelece respeito, consideração e aceitação em relação a nós mesmos e ao outro. Acabamos criando uma espiral ascendente de melhoria individual contínua que também apoia a melhoria dos contextos sociais em que vivemos.
A pesar das dores e dificuldades iniciais da prática do amor, momento em que precisamos assumir a responsabilidade por nós mesmos e acolher as contribuições dos outros ao nosso processo, que possamos amar cada vez mais.
A partir do pensamento proposto, fiquei pensando se o amor não seria uma plataforma de superação de nossas angústias e inquietações que nos aproximaria de um estado de aceitação de nós mesmos, o que poderia trazer certa paz em relação às nossas dores, dificuldades e doenças.