O mestre te leva à porta, mas cabe a ti abri-la.
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muita paz
Recentemente estive refletindo sobre a relação mestre-discípulo sob a ótica oriental e acabei fazendo umas associações com ideias de superação e de progresso.
Parece que há um momento em que o discípulo se iguala ao mestre e passa a trilhar sua própria jornada com mais autonomia, rompendo a relação de obediência e estabelecendo uma relação de gratidão.
Somente neste ponto de não-retorno é que somos capazes de ser verdadeiramente gratos ao mestre pelo que recebemos dele. Somos capazes de olhar para trás e reconhecer o tamanho e a importância da atuação do mestre em nossa jornada. Estamos aptos a cumprir o papel de mestres!
Neste ponto, de alguma forma, o mestre se põe em uma posição de observador/apoiador, abrindo mão da tutela, embora tenha muito conhecimento a partilhar. Trata-se de postura de respeito à liberdade e à autonomia do outro, de ausência de ego e de segurança de si.
De alguma forma vi a porta proposta no pensamento como este ponto de não-retorno. É como se o mestre dissesse "Sua plenitude está atrás desta porta, mas só você pode acessá-la"
Em tempos onde contratamos especialistas para orientar em todas as tarefas que precisamos realizar na vida, deve ser difícil assumir a responsabilidade e tomar a coragem necessária para tirar a chave do bolso e abrir a porta indicada.
Mas talvez esta decisão signifique efetivamente que estamos prontos para seguir em frente sem especialistas...
Ainda em tempo, Paramparā é o conhecimento transmitido do professor ao aluno – designa o principio de transmitir o conhecimento em sua forma mais preciosa; conhecimento baseado na experiência prática e direta.
Recentemente estive refletindo sobre a relação mestre-discípulo sob a ótica oriental e acabei fazendo umas associações com ideias de superação e de progresso.
Parece que há um momento em que o discípulo se iguala ao mestre e passa a trilhar sua própria jornada com mais autonomia, rompendo a relação de obediência e estabelecendo uma relação de gratidão.