271/2023 - Compromisso pessoal

O site Significados nos diz que "a palavra compromisso vem do latim compromittere, que une com, que significa junto, e primotterre, que é prometer. Seria então um acordo com outra parte, uma promessa mútua." 

Confesso que gostei muito desta ideia de promessa mútua. A vida segue comprometida conosco e nós comprometidos com ela!

Desempenhamos papéis, cumprimos funções, servimos ao coletivo, à natureza e a nós mesmos a partir de um movimento conscientemente acordado. 

Talvez possamos aprofundar a ideia de "movimento conscientemente acordado", uma vez que muitas vezes somos submetidos a situações e vivências que nos causam desconfortos e nos provocam dores e frustrações, situações que dificilmente seriam escolhidas por nós.

Penso que cada ocorrência em nossas existências é um convite, uma carta aberta a nos posicionarmos. Podemos acolher ou não o convite, provavelmente aí nasce a ideia de acordo consciente.  

Podemos seguir a vida negando ou aceitando todas as oportunidades propostas a nós, mas é preciso atenção quanto às consequências de nossas escolhas. 

Viver uma vida vazia gera ausência de significado, vazios interiores gigantes e solidão, entre outros males. Vivemos sem compromisso, ao sabor do vento.

Por outro lado, aceitar todos os convites que a vida oferece cria sobrecarga cognitiva e exaustão, além de nos afastar da possibilidade de saborear melhor o que escolhemos, de aprender com o que nos propusemos a realizar. Acabamos vivendo com ansiedades, medos e tensões que reduzem a qualidade da vida.

Talvez o melhor caminho seja o caminho do meio!

Quando percebemos que precisamos sair da área de acomodação, zona em que tendemos ao repouso e à economia de energia, para nos sentirmos plenos e em movimento, embora tenhamos que realizar esforço, geramos e aplicamos potência criativa que dá significado e sentido para nossa existência, mas também que proporciona vitalidade e transformação de nossas realidades.

Mas também precisamos da área de acomodação, da zona de conforto, para recuperarmos energias, curarmos feridas, gerarmos significados e, efetivamente, integrar as vivências em nós mesmos. Se não abrimos estes espaços, corremos os riscos da exaustão, da falta de coerência e do baixo aproveitamento pessoal de tudo o que foi realizado.

Talvez o compromisso com a vida precise integrar também o sentimento de compromisso para consigo, compromisso que seja capaz de produzir prosperidade e bem-estar não apenas para o coletivo, mas também para nós mesmos. 

Vejo muitas pessoas realizando ou tentando realizar esforços hercúleos enquanto se definem pelo que fazem para o coletivo e para a natureza. Seguem tão ocupadas com o papel no mundo que não criam momentos de integração de todas as vivências em si. Grandes esforços, grandes exaustões, ações importantes para o exterior de si e aridez para consigo! Ao final da jornada, algumas destas pessoas vivem insatisfações, raivas e frustrações porque apostaram que o exterior atenderia suas expectativas e descobrem que os esforços foram em vão.

Solitárias porque não se encontraram consigo mesmas, porque não se conheceram, porque não integraram aprendizados e vivências. Estas pessoas seguem amarguradas, desenergizadas, solitárias e cansadas.

Elegemos compromissos específicos com a vida, mas também elegemos compromisso com a vida! Acredito que achar o caminho do meio, o apostar em si e no coletivo, o compreender que a vida é uma jornada de autoencontro que se faz em comunidade, é a via de construção de felicidade mais viável que temos no momento.

O site Significados nos diz que "a palavra compromisso vem do latim compromittere, que une com, que significa junto, e primotterre, que é prometer. Seria então um acordo com outra parte, uma promessa mútua." 

Confesso que gostei muito desta ideia de promessa mútua. A vida segue comprometida conosco e nós comprometidos com ela!

Desempenhamos papéis, cumprimos funções, servimos ao coletivo, à natureza e a nós mesmos a partir de um movimento conscientemente acordado.