A omissão dos mais esclarecidos e bons, tem sido uma das causas da agressividade dos que ignoram o bem e agem como maus
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muita paz
O que levaria os esclarecidos e bons à omissão?
Talvez acreditem que a agressividade é atributo inerente ao ser e, portanto, não pode ser transformada de fora para dentro. O sentimento de paz, integração e harmonia talvez só possa ser construído em nós quando estabelecemos tal construção como meta individual e pessoal a ser alcançada.
Será papel dos primeiros a imposição de condutas que restrinjam as agressões? Esta imposição não seria um ato agressivo também?
Talvez estejamos lendo tolerância, respeito e aceitação do outro como ações de omissão.
Fiquei pensando sobre o papel que cabe àqueles que já avançaram na construção de suas humanidades. A própria postura de aceitação do outro como ele é pode ser uma lição sobre o que é humanidade.
Talvez estejamos esperando ações retumbantes e agressivas de contenção da agressividade e não estejamos vendo o trabalho intenso de educação que está em curso.
Penso que os ditos mais esclarecidos e bons agem intensamente sobre a sociedade, propondo reflexões, exemplificando, buscando conciliação e paz, apesar de toda a violência e agressividade presentes na sociedade.
Talvez a questão chave esteja na ideia de que alguns ignoram o bem. Este movimento pode não ser intencional, mas apenas a consequência daquilo que ainda não é conhecido e valorizado.
Jogar luzes sobre as questões, propor modelos comportamentais através do exemplo, confrontar atitudes agressivas com atitudes de respeito e aceitação me parece ser ações de quem acredita em uma longa jornada de transformação definitiva, mas de cunho individual e que não pode ser imposta. Ação de quem aguarda o momento de despertamento do outro, quando ele passa a conhecer e a desejar algo diferente daquilo que vem fazendo.
A falta de integração, o desrespeito, a violência e a agressividade deixam suas marcas nos indivíduos e, consequentemente, na sociedade. As dores e traumas se acumulam e chegam a um ponto em que não é mais possível conciliar com a busca daquilo que se deseja, bem-estar e felicidade. Mudanças estruturais tornam-se necessárias e o que era ignorado passa a ser meta a ser atingida.
Matrizes da forma de sentir, pensar e agir passam a sofrer ajustes e, pouco a pouco, os indivíduos, antes agressivos, buscam posições afetivas e conciliadoras.
Quando há consciência do que nos falta para sermos felizes, abrimos nossos corações e mentes ao contato com aquilo que é diferente, ameaçador e exigente; o novo e desconhecido. É neste estágio da caminhada que acredito ser possível identificar com grande clareza a ação dos mais esclarecidos, sempre dedicados a despertar e esclarecer e nunca empenhados em conter.
A contenção, a meu ver, é ação daquele que teme e que desconhece, daquele que usa sua própria força para impor ao outro a manutenção daquilo que lhe é favorável. Aí está a base da agressividade.
Quando nos sentimos seguros, amados e amparados, não há o que combater ou confrontar. Torna-se fácil nos integrarmos e necessário nos transformarmos.
O que levaria os esclarecidos e bons à omissão?
Talvez acreditem que a agressividade é atributo inerente ao ser e, portanto, não pode ser transformada de fora para dentro. O sentimento de paz, integração e harmonia talvez só possa ser construído em nós quando estabelecemos tal construção como meta individual e pessoal a ser alcançada.
Será papel dos primeiros a imposição de condutas que restrinjam as agressões? Esta imposição não seria um ato agressivo também?
Talvez estejamos lendo tolerância, respeito e aceitação do outro como ações de omissão.