139/2024 - A dignidade do luto

Inquietação
Muitas vezes procuramos respostas externas às dores que nascem dentro de nós. Será possível resolvê-las desta forma?
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Acordei Inspirado 139/2024 - A dignidade do luto
139/2024 - A dignidade do luto
dia do ano
139
A dignidade do luto
mensagem

🎼não há nada pra nos abater🎼
🎼deus está aqui pra nos guiar🎼
+139-227
muita paz
 

reflexão

Fiquei pensando se é possível que algo nos abata... 

Eu carrego no peito a impressão de que o abatimento é um eco da autorreflexão que estabelecemos a partir do que nos desafia.

Quando nos sentimos frágeis, incapazes ou insuficientes diante de vida, talvez estejamos vivenciando uma possibilidade de autorreflexão, autoconhecimento e crescimento, mas também estamos diante de nós mesmos e de nossa pequenez em relação ao universo. 

Como não temos controle sobre o que é externo a nós, passamos a viver o medo por nos percebemos extinguíveis. 

Diante deste medo, há aqueles que se sentem estimulados à superação, há os que são indiferentes e também os que se abatem. Um mesmo evento pode provocar diversas reações, conforme as pessoas envolvidas.

Se considerarmos este ponto de partida para avaliarmos o abatimento, talvez possamos nos questionar sobre o que precisamos construir em nós para sermos inabaláveis diante do que nos acontece.

Penso que a fé seja uma destas construções. Através dela, estabelecemos um ponto de confiança e, mesmo que não consigamos elaborar o que nos acontece, talvez sejamos capazes de atravessar os desafios trazidos pela vida.

O conhecimento pode ser outro caminho para evitar o abatimento. 

Quando somos capazes de compreender o contexto em que estamos, conseguimos traçar respostas mais precisas que nos ajudam a superar os motivos de abatimento.

Quando não somos capazes de perceber um caminho de superação em que consigamos colocar energia e foco, nos mantemos no abatimento e a vivência do trauma. 

Como crianças frustradas, nos sentimos muitas vezes constrangidos a acatar uma força maior que se impõe sobre nossos desejos, expectativas e sonhos.

Acredito que a superação do abatimento e a construção de respostas saudáveis, promotoras de equilíbrio psíquico e espiritual, reside não apenas na confiança em relação a uma dimensão externa como a fé em Deus, mas também no acolhimento de nós mesmos, no reconhecimento de nosso desejo e no desenvolvimento da percepção de que não temos controle sobre o universo.

Diante da grandiosidade do universo em que estamos inseridos, o único controle efetivo que temos é a nossa capacidade de produzir respostas saudáveis ao universo. A isto chamo de amadurecimento psíquico e espiritual.

Penso que estas respostas saudáveis às provocações do universo se constroem por um processo em que o abatimento é um provável ponto de partida e a fé em Deus, como um apoio externo a nós, é parte quase obrigatória do caminho.

Este processo de superação, que se caracteriza pelo atravessamento das tempestades trazidas ao palco de nossa vida, caracteriza autenticamente a vivência do luto, que nasce na frustração de nosso desejo e só se encerra com o nascimento de um novo Eu, mais amadurecido que o Eu abatido, que é capaz de abraçar os próprios desejos e a impossibilidade de atendê-los integralmente como idealizamos.

Sinto a guiança de Deus, conforme o pensamento proposto, como o reconhecimento simbólico de que este processo de crescimento através do luto, que tem a dor do encontro com nossa pequenez como partida, é um evento importante e grandioso de amadurecimento de nosso Eu, que precisa ser vivido com empenho, paciência e aceitação.

reflexão

Fiquei pensando se é possível que algo nos abata... 

Eu carrego no peito a impressão de que o abatimento é um eco da autorreflexão que estabelecemos a partir do que nos desafia.

Quando nos sentimos frágeis, incapazes ou insuficientes diante de vida, talvez estejamos vivenciando uma possibilidade de autorreflexão, autoconhecimento e crescimento, mas também estamos diante de nós mesmos e de nossa pequenez em relação ao universo. 

Como não temos controle sobre o que é externo a nós, passamos a viver o medo por nos percebemos extinguíveis. 

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