Onde a maioria vive com bondade, a ignorância, a maldade da minoria tende a desaparecer.
+235-131
muita paz
Parei para pensar sobre as maiorias que se impõe sobre as minorias e sobre a ignorância...
Que esperança nasce quando admitimos que a maioria não vive com bondade? Esbararíamos fadados a um mal maior?
Para pensar a respeito, entretanto, preferi sair da polarização bem vs mal.
Primeiramente, talvez precisemos pensar não apenas em termos numéricos, mas também na influência, na autoridade e no poder que cada sujeito possui de se impor sobre os demais com quem se relaciona.
Considerando este ponto de partida, talvez possamos pensar melhor na influência que as minorias estabelecem sobre as maiorias, que são capazes de manter tendências ou de impor renovações...
Talvez possamos ponderar que parece haver uma tendência natural para construções éticas nas sociedades, reforçada por construções culturais históricas que determinam tendências fortes.
Gosto de pensar que existe uma tendência para a bondade, mas torna-se vital para nossas utopias considerarmos os níveis de ignorância, de autoconhecimento e a capacidade de metacognição dos integrantes destas minorias e maiorias. Caso contrário, arriscamos cair na falácia do mau inevitável e dos futuros distópicos da humanidade.
A ignorância tende a desaparecer em ambientes em que há ofertas crescentes de informação e processos bem estabelecidos de educação em diversos níveis da sociedade (formal, informal e não-formal; familiar, privado e público, etc.). Mas este conhecimento poderá reforçar a bondade ou a maldade, conforme as tendências observáveis na sociedade e as nossas capacidades de nos pensarmos no futuro, seja o futuro individual ou o coletivo.
Que tipo de ética prevalece nas relações humanas? Para citar um exemplo clássico, onde a ótica da ganância prevalece sobre a ótica do cuidado, vidas humanas tendem a valer menos do que bens materiais e imateriais.
Uma sociedade que pratica o etarismo talvez negue a história e super-valorize a ansiedade, a urgência e a mudança...
Se aceitamos o pensamento "nós vs eles", talvez tendamos a viver em conflito constante...
Como integrantes de uma ótica minoritária ou de uma ótica majoritária, estamos atentos às nossas ideações de futuro e às tendências construídas pela cultura até o tempo presente?
Temos lutado para endossar ou para transformar nossas éticas relacionais para ajustá-las às nossas ideações e utopias?
Será que temos ideações e utopias? Ou estaríamos vivendo apenas o presente e ignorando o fato de que o futuro está nas mãos do presente?
Como articulamos nossos conhecimentos? Tentamos dominar ou esclarecer o outro que se relaciona conosco?
Estamos atentos à influência educativa que o outro exerce sobre nós? Que valores e éticas estamos praticando no dia-a-dia corrido e muitas vezes irrefletido?
Diante de tantos aspectos, fico pensando se o ponto focal, não seriam as relações que as minorias unitárias, ou singularidades, estabelecem entre si, mesmo quando estas relações estabelecem minorias.
Quanto tempo uma utopia ou uma distopia é capaz de sobreviver quando paramos de tentar projetar o futuro através dos atos do presente?
Neste sentido, considerando a maioria desatenta e desconhecedora das possibilidades de articulação para manutenção de realidades e tendências, veremos facilmente o estabelecimento de novas culturas e éticas, propostas por minorias articuladas, conscientes e atentas.
Parei para pensar sobre as maiorias que se impõe sobre as minorias e sobre a ignorância...
Que esperança nasce quando admitimos que a maioria não vive com bondade? Esbararíamos fadados a um mal maior?
Para pensar a respeito, entretanto, preferi sair da polarização bem vs mal.
Primeiramente, talvez precisemos pensar não apenas em termos numéricos, mas também na influência, na autoridade e no poder que cada sujeito possui de se impor sobre os demais com quem se relaciona.