Há sempre alguma loucura no amor.
Mas também há sempre alguma razão na loucura.
+261-105
muita paz
O Dicionário Oxford me contou através do Google que loucura pode ter dois significados:
1. distúrbio, alteração mental caracterizada pelo afastamento mais ou menos prolongado do indivíduo de seus métodos habituais de pensar, sentir e agir.
2. sentimento ou sensação que foge ao controle da razão.
Confesso que acesso a ideia de loucura com muita frequência pelo primeiro significado. Talvez por isso tenha parado para pesquisar antes de conversarmos aqui no projeto.
Mas o pensamento proposto nos leva para o segundo significado, que igualmente é inquietante para minha alma de poeta, frequentemente atravessada por lapsos de racionalidade...
Assim, retornei ao parceiro Oxford para ver o que ele me diria sobre a razão...
1. faculdade de raciocinar, apreender, compreender, ponderar, julgar; a inteligência.
2. raciocínio que conduz à indução ou dedução de algo.
Reconheci o segundo significado como via natural para acolher a ideia de razão e percebi que há um diálogo dele com a ideia proposta de loucura.
O uso da razão, o ato de raciocinar, por esta via percebida, supõe conhecimento, consciência e articulação de ideias para deduzirmos algo ou para induzirmos alguém a alguma dedução.
Se vemos muitos acidentes de carros e a maioria dos acidentados está usando sinto de segurança e sapatos, talvez possamos deduzir que usar sinto de segurança e calçar sapatos trazem riscos de acidente para quem dirige...
O acréscimo de mais informações ao quadro nos levaria a outras conclusões. Saber que o uso do cinto é obrigatório e que ele é usado pela maioria das pessoas que dirigem nos levará ao entendimento de que talvez não exista relação causal entre os acidentes e o uso de cinto.
Saber que é proibido dirigir sem calçado, igualmente, desconstrói nosso pressuposto inicial.
A razão é um caminho humano possível para olharmos para a vida e interpretá-la, possibilitando nossa interação com ela.
Acredito, entretanto, que existem outros caminhos possíveis, diferentes do uso da razão, que nos habilitam à interação com a vida. Talvez seja isso que o pensamento nos apresente quando diz que há um pouco de razão na loucura.
Eu arriscaria dizer que também há um pouco de loucura na razão...
Viver exclusivamente pela razão talvez não nos leve a caminhos novos e criativos, uma vez que a criatividade nasce muitas vezes onde o consciente não habita e a razão nega.
O raciocínio, o uso da razão, nasce da articulação consciente de ideias e conhecimentos. Acredito que seja capaz de produzir resultados no campo do crível, do considerado possível, e, portanto, limitados por natureza.
O "pensar fora da caixa", expressão popular, pressupõe a articulação consciente, através da razão, com elementos aleatórios, peculiares, incomuns, indizíveis e imprevisíveis. Talvez neste campo, possamos rastrear mais inovação e criatividade, mas já não seria uma ação totalmente consciente e racional, uma vez que se abre para a aleatoriedade, para a intuição e para a inspiração.
Doses de confiança e aventura, ou de loucura se você preferir, são necessárias para pensarmos fora da caixa.
O inconsciente, este lado da intuição, do imprevisível, do irracional, opera intensamente em nosso existir, talvez comandando o próprio consciente e orquestrando aspectos espirituais que transcendem as dimensões racionalizáveis da existência.
O Dicionário Oxford me contou através do Google que loucura pode ter dois significados:
1. distúrbio, alteração mental caracterizada pelo afastamento mais ou menos prolongado do indivíduo de seus métodos habituais de pensar, sentir e agir.
2. sentimento ou sensação que foge ao controle da razão.
Confesso que acesso a ideia de loucura com muita frequência pelo primeiro significado. Talvez por isso tenha parado para pesquisar antes de conversarmos aqui no projeto.