Quando amamos, nosso coração irradia beleza, harmonia e paz, e tais sentimentos são profundamente curativos para o corpo e para a alma, curando quem ama e quem é amado.
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muita paz
Tendo por base o princípio do pensamento científico, procurei pensar em histórias e possíveis histórias em que o amor presente não foi capaz de irradiar beleza, harmonia, paz e saúde.
Confesso que me surpreendi com a facilidade com que casos reais vieram à minha lembrança, mas uma memória tomou meu coração. Recordei-me de minha mãe, angustiada, chorosa e adoentada pelo grande amor que sentia, que talvez não coubesse em seu peito, mas que não era capaz de levar o apoio desejado a um parente distante.
Daí, precisei voltar à ideia de que o amor é algo misterioso e tão grande, que não conseguimos defini-lo com clareza e nem o viver de uma única forma.
Nossa humanidade tem escrito tratados poderosos sobre o amor. Nossos artistas manifestam amor através de suas obras, cientistas descobrem complexos desdobramentos psicológicos e neuro-químicos do amor nos organismos e na gênese de saúdes e doenças. Pensamos muito sobre o tema, mas também nos desafiamos todos os dias a vivê-lo porque decretamos a falta dele em nossos corações, em nossa cultura, em nossa sociedade.
Há histórias reais de pessoas que morrem de amor não correspondido, de saudades de amores vividos e de amores adoentados que geram sofrimentos pelo ciúme e pela imaturidade relacional.
Ainda assim, penso que o amor é capaz de nos conduzir a contextos de saúde, beleza, harmonia e paz. Ele é capaz de nos provocar, convocando-nos a dar significado a esta necessidade que sentimos de nos relacionarmos de maneira especial com o outro. Este amor desconfigura nossas escalas de valores culturais, nos obriga a revisitarmos preconceitos, hábitos e tradições.
Para viver o amor, precisamos sair da zona de acomodação para buscá-lo, para cultivá-lo e para celebrá-lo. Acho que esta é a grande mágica do amor. Ele carrega o potencial de transformação ao inquietar nossos corações.
Este, a meu ver, é um contexto de cura valioso. Inquietos conosco e com o outro, ou com a falta dele, buscamos transcender a nós mesmos para irmos ao encontro de alguém. Esta jornada nos apresenta o mundo, nos fortalece no enfrentamento dos medos e nos convoca à superação de nossos limites.
Quem ama, inevitavelmente, cresce e amadurece como ser humano autêntico, singular em suas expressões. O que, a meu ver, caracteriza o estado de saúde integral, que se configura além do equilíbrio possível dos estados fisiológicos de nosso organismo que garantem plena expressão, vitalidade e longevidade.
Tendo por base o princípio do pensamento científico, procurei pensar em histórias e possíveis histórias em que o amor presente não foi capaz de irradiar beleza, harmonia, paz e saúde.
Confesso que me surpreendi com a facilidade com que casos reais vieram à minha lembrança, mas uma memória tomou meu coração. Recordei-me de minha mãe, angustiada, chorosa e adoentada pelo grande amor que sentia, que talvez não coubesse em seu peito, mas que não era capaz de levar o apoio desejado a um parente distante.