285/2024 - Epitáfio à Felicidade

Inquietação
Que riscos você está disposto a correr para ser feliz?
Image
Acordei Inspirado 285/2024 - Epitáfio à Felicidade
285/2024 - Epitáfio à Felicidade
dia do ano
285
Epitáfio à Felicidade
mensagem

Há pessoas que cavam a sepultura com a própria boca.
+285-081
muita paz

reflexão

Ao ler o pensamento proposto, ache-o forte e contundente. 

Respirei, reli e refleti a respeito do que me afetou. Concluí que fui sequestrado por valores culturais e inferências de minha parte!

Me dei conta de que há muitas interpretações possíveis para o pensamento proposto, mas que, no fundo, há razão nelas todas!

Entretanto, preferi ficar com meu espanto inicial... 

Não cavamos nossas sepulturas, embora haja grande expectativa para podermos preparar nossos epitáfios! 

Uma consequência inevitável do fato de termos nascido é que morreremos algum dia. 

Mas seria um exagero dizer que nossa concepção cava nossas sepulturas? 

Embora não saibamos o momento em que a morte de nossos corpos se dará, todos nós experimentaremos este evento. 

Nem mesmo o nascer é uma certeza, visto que existem eventos que podem levar o feto à morte, sem que haja o nascimento.

Há uma expectativa coletiva de que, após a concepção, nasçamos saudáveis e capazes de exercer nossa vontade sobre o mundo de forma livre e consciente pelo maior tempo possível...

Entretanto, não nos preparamos para o momento de encerramento de nossas vidas e nem para o encerramento das vidas daqueles que estão vivos conosco.

A Enciclopédia Significados nos diz que: 

"Os epitáfios no passado procuravam narrar os atos heroicos do nobre, rei ou um membro proeminente da corte. Com o passar dos tempos começou a ser usado por toda população para lembrar as qualidades daquele ente querido que partiu deixando muita saudade."

Escrevemos indiretamente nossos epitáfios enquanto agimos sobre a vida com consciência e liberdade relativas sem, entretanto, ter clareza sobre o momento de finitude das mesmas.

Afetamos as vidas daqueles que caminham conosco e é a reação a estes afetos que determinará nossos epitáfios. 

Salvo exceções, vivemos como se nunca fôssemos morrer e nos espantamos quando pessoas fazem escolhas que provocam o suposto encurtamento da vida.

Tudo o que comemos e dizemos, mas também o que sentimos, pensamos e fazemos; são atos humanos que declaram ao universo que o estamos atravessando. 

É necessário audácia para que nossas vidas tenham significado para nós mesmos e para aqueles que compartilham a estrada conosco. 

Nos tornamos importantes, ou importáveis para as pessoas, quando as vidas delas são afetadas pelos nossos atos em vida. 

Vidas curtas ou longamente vividas passam desapercebidas e anônimas quando não se entrelaçam para tecer histórias no universo.

Por isso defendo a ideia de que devemos preparar pessoalmente e com empenho os nossos próprios epitáfios. 

O poeta Fernando Pessoa nos diz no Livro do Desassossego que "matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso".

Me pergunto se seria inválido escrevermos nossos epitáfios ou cavar nossas sepulturas para buscarmos a concretização de nossos sonhos, mesmo que isto nos custe alguns sacrifícios e encurtamentos de vida...

Neste espírito, quais seriam os sonhos, propósitos, desejos e necessidades que valem o investimento? Que temos feito para suprir nossa essência humana? 

reflexão

Ao ler o pensamento proposto, ache-o forte e contundente. 

Respirei, reli e refleti a respeito do que me afetou. Concluí que fui sequestrado por valores culturais e inferências de minha parte!

Me dei conta de que há muitas interpretações possíveis para o pensamento proposto, mas que, no fundo, há razão nelas todas!

Entretanto, preferi ficar com meu espanto inicial... 

Não cavamos nossas sepulturas, embora haja grande expectativa para podermos preparar nossos epitáfios! 

Mais Reflexões

Como podemos transformar o medo e a resistência em coragem e ação para realizar nossos sonhos?
Você já se olhou no espelho com atenção? Talvez ao fazer isso percebamos que a luz não é adequada, que o cenário é feio e que o espelho não está adequadamente colocado na parede...
Você já percebeu que os contextos variáveis e instáveis da vida podem ser decisivos na definição de seu propósito de vida?
Talvez o que nos diferencie das máquinas não seja a precisão, mas a capacidade de sonhar. O que você acha?
Você já deixou de fazer algo importante porque achou que não estava suficientemente preparado? Acho que o medo do erro nos faz matar o presente. Vamos pensar sobre isso?
Para você, a fé está conectada a problemas e dores? Talvez possa ser mais do que isso...
Quanto conhecimento precisamos para ler o mundo? Será que aceitar a diversidade tem relação com o aumento de conhecimento? Ou estará ligado à aceitação de que há mais coisas no mundo do que aquelas que podemos compreender?
Você já percebeu que os ambientes que você frequenta influenciam na sua essência?
Muitas vezes enaltecemos a coragem do outro em meio às adversidades e declaramos sofremos com nossa covardia. Mas e se ninguém precisasse ser corajoso?
Estamos constantemente sob a tensão moderna da urgência! Nos pensamos através da finitude e abraçamos a escassez de vida como argumento existencial essencial. Será que podemos sentir a humanidade de outra maneira?