Mais Reflexões

Gosto de pensar que o processo de autoconhecimento gera clareza.

Através dele percebemos as influências externas, as carências que carregamos e as projeções que materializamos.

Aprendemos a discernir o que é o desejo do outro sobre nós do que é nosso desejo real.

Fiquei pensando sobre a nossa dificuldade de reconhecer o valor das coisas e das pessoas. Talvez tenha relação com a dificuldade que temos de reconhecer nosso valor real e com a escala que usamos. 

Se desconhecemos o infinito, a imortalidade, o amor puro e a eternidade. 

Normalmente tendemos a ver os riscos, as incompletudes, o que nos falta e as ameaças. 

Eu gostaria de mergulhar no contexto deste pensamento! 

Meu viés de espiritualidade me diz que o mundo sempre nos oferta tudo o que precisamos e o entendimento religioso me diz que Deus opera através das próprias criaturas. Desta forma, como não esperar receber do outro?

Tenho pensado muito nestes recordes polares que construímos para ver a vida. 

Será que é possível limitar tudo a duas dimensões simples? Será que tudo pode ser resumido a uma narrativa do bem contra o mal?

Gosto de pensar que qualquer coletivo nasce a partir da reunião de indivíduos que partilham de alguma visão comum.

Embora a substância da nossa natureza seja o amor, penso que sua diversidade na composição das coisas nos coloca muitas vezes em conversas e visões difíceis.

Tornar-se mais humano talvez signifique ir além da busca de um denominador comum. 

Eu diria que sempre fazemos escolhas e definimos valores mas nem sempre nos damos conta de que o fazemos estabelecendo comparações.

O uso de referenciais está sempre presente em nossas vidas e é através deles que construímos conceitos e significamos o mundo e a nós mesmos.

Tenho pensado muito sobre esse sentimento de desamparo que é tão comum a muitos de nós e que, muitas vezes, nos faz buscarmos uma conexão de mais apoio e envolvimento com as forças e potências norteadoras do universo.

Fiquei pensando em quanto evitamos sermos quem realmente somos...

Parece que não conseguimos nos conciliar conosco, com nosso universo, com a diversidade que carregamos em nós e com todas as belezas que fomos capazes de construir até o presente momento.

Lembrei de um trecho da poesia "Cantares" do poeta espanhol Antonio Machado, uma de minhas favoritas.

"Caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar."

Esta relação proposta é interessante e enigmática para minha capacidade reflexiva!

Descobrir-se é perceber a necessidade de fortalecimento da fé diante de obstáculos que fogem de nossos sentidos? 
 
Gosto de me medir a partir de minhas conquistas, dos obstáculos vencidos. 

"A maioria não pensa". 

Esta é, sem dúvida, uma das frases mais fortes que acessei nas últimas semanas.

Quando pensamos, estamos plenamente conscientes do que queremos dizer?

Talvez não seja a mais poderosa expressão do sentimento e sim o mais poderoso sentimento, posicionamento humano construído com propósito e intencionalidade!

Talvez a sua incoercibilidade resida no fato de que ele não se impõe e a todos respeita.

Enfrentamento ou auto-encontro? 

Com o tempo aprendi que toda adversidade constitui valiosa oportunidade de aprendizado.

Através das vivências que exigem aprendizado, criatividade e inovação eu sou levado a crescer, a expandir a mim mesmo para conseguir caber no mundo com mais conforto e felicidade.

Buscamos sempre os amores de nossas vidas! Parece uma cruzada incansável de complementação de nós mesmos. 

Gosto muito de conversar sobre o necessário, o supérfluo e o fútil à luz da jornada de autoconhecimento.

A quem cabe estas classificações? 

Normalmente tendemos a atuar como agentes externos propondo classificações para cenários em que não somos os agentes.

Viver bem é daqueles conceitos complexos, como amor e felicidade. Mas uma coisa importante é que, independentemente da definição que tenhamos para viver bem, é assunto da mais elevada importância para nós e deveria ser alvo de nossos esforços e reflexões a todo tempo.

"Somos a causa e o efeito de nós mesmos"

Com certeza uma das afirmações mais intensas que li recentemente. 

Será que todos nós compartilhamos dos mesmos conhecimentos, habilidades, desconhecimentos, inabilidades, competências, incompetências e responsabilidades?

Será que nossos propósitos são os mesmos?

Partilhar receitas e impressões é sempre um caminho muito rico para ampliarmos a humanidade em nós.

Fiquei pensando no que posso fazer para estimular a fé e a coragem!

A partir da prece fiquei pensando nos corações que não choram pelas dores causadas a si mesmos e aos outros. 

Sinto que há uma indiferença presente na humanidade que persiste ao longo de nossa história.

Indiferença por aqueles que não são de nossas famílias.

Nem sei se a música trata de liberdade e respeito à liberdade do outro. Mas, como procuro dialogar comigo a partir do pensamento apresentado, sem saber o contexto em que está inserido, sigo esta linha da liberdade e do respeito. 

Eu penso que todas as expressões humanas são dotadas de poder e da assinatura singular de suas origens. 

As palavras, assim como as demais expressões humanas, carregam a história de nossos sentimentos, pensamentos, emoções e intensões.

Existir é um conceito difícil!

Gosto de pensar que tudo o que ocupa minha mente consciente ou inconsciente existe. 

Desta forma estamos criando existências o tempo todo.

De maneira análoga estamos destruindo o tempo todo. 

Mas será que estamos prontos para ingressar neste caminho de partilha, de acolhimento e de leveza?

Por vezes percebo que acabamos optando por trilharmos sozinhos para "irmos mais rápido", embora não tenhamos força para seguirmos muito longe.

Considerando meu entendimento de que todos nós amamos alguma coisa em algum nível porque temos o amor, matéria-prima da criação, como base de nossas existências, diria que talvez a natureza sussurre sempre maravilhas em nossos ouvidos mas que nem sempre estamos capacitados ou atentos para ouvir e...

Talvez seja mesmo difícil distinguir entre a revelar, exemplificar, exercitar e divulgar. Talvez todos nós tenhamos algo a revelar e algo a exercitar.

Que eu consiga reconhecer e aceitar minha singularidade imperfeita e a partir dela seja capaz de plantar na vida tudo aquilo que flui em meus sonhos e propósitos.

Que minha criatividade possa estar em ação para que opere com o que recebi de você de maneira produtiva trazendo bem-estar em minha vida e na de outras pessoas

Que eu seja capaz de ser grato ao receber o que vier de você.

Que aparências são estas que empunhamos como estratégias relacionais?

São ferramentas de convencimento, cartões de visita? Cartas de compromisso?

Confesso minha dificuldade em perceber a relação maternal direta entre intuição e razão.

Talvez estejamos sendo educados para sermos alheios a nós mesmos há bastante tempo...

Na realidade acredito que muito recentemente começamos a pensar na individualidade com maior propriedade.

De que amor estaremos falando neste pensamento?

Se somos obras de amor, se temos a amor como matéria-prima constitutiva de nossas essências, se todas as relações são movimentos de amor de alguma forma; talvez seja impossível viver sem experimentar o amor.

"impor limites é como dizer que a gente também importa."

Uma frase poderosa que nos lembra de nossa existência, de nossas necessidades e de nossa vontade de ser.

Mas será que estamos impondo limites ou estamos reconhecendo a nós mesmos? Fiquei pensando sobre isso...

Eu pediria apenas apoio para compreender melhor sobre esta equação do "relacionar-me com o outro que exige a partilha de atenção entre as minhas necessidades e as necessidades do outro".

Faz muito sentido pensar que todo amor encontra um lugar. Penso que tudo nasce a partir de manifestações de amor, de integração, mesmo que parcial, aos movimentos da vida.

Não tenho certeza se concordo com todo o contexto da expressão porque penso que o amor está sempre presente, mesmo nos contextos de adoecimento e de ignorância....

Revisar, adaptar à realidade e propor inovações com vistas ao crescimento gerando prosperidade!

Penso que esta seja uma proposição audaciosa para a vida porque traz enormoes desafios no campo humano atual.

Onze a cada dez pessoas buscam a felicidade de alguma forma!

É interessante constatar alguns aspectos nesta busca da humanidade!

Amei esta constatação! 

Realmente acredito que ninguém é capaz de viver sem algo que está em nós, posto pelo criador, desde o início de nossas existências.