*O amor serve sem cessar, porque essa é a sua finalidade, construindo o bem, a paz, o progresso em todo lugar onde passa*.
*+353-012*
*muita paz*
Talvez o amor seja a energia potencial da criação que está acessível a nós. Recurso que promove a capacidade de vencer o tempo e o espaço, de transcender as fronteiras materiais e existenciais.
Falando de forma mais religiosa, ou melhor, mais espiritual, uma vez que este amor alimenta nossa essência nas dimensões material e imaterial sem depender de dogmas, de instituições ou de rituais; o amor talvez seja a manifestação primária da vontade do criador, o sopro divino coagulado na existência, o verbo criador em essência.
Não sei se o amor serve ou se instiga em nós a necessidade de nos articularmos individual e coletivamente para acessar uma realidade que transcende nossas capacidades atuais, o que nos colocaria diante do mistério do desconhecimento, em movimento de busca constante pela iluminação promovida pelo conhecer.
Filosoficamente falando, talvez a finalidade do amor não seja servir, mas fazer mover, fazer convergir nossa vontade e esforços rumo ao limite de nossa imanência, quando nos perceberemos como construções de algo maior a que não temos acesso, a causa primária.
Este ponto de convergência, que acredito estar distante de nossos entendimentos, mas nos atraindo de forma vigorosa e potente, talvez possa ser percebido por nós como a perfeição, como estado permanente de paz, como a predominância da justiça ou a total ausência de males que nos aflijam.
Infundindo em nós a necessidade de buscar um estado existencial melhor, o amor acabaria nos provocando a estabelecer o progresso como necessidade; a inquietação e a insatisfação como mobilizadores de nossos potenciais criativos e executivos; e a necessidade de justiça, felicidade e paz como metas para a humanidade.
Tocados pelo amor, nos percebemos em serviço constante de superação e criação, serviço que se dá de forma relacional, em sociedade, mas também de forma individual, em relação aos chamados de transcendência de nossos egos em favor do reconhecimento de nossa própria espiritualidade.
Por tudo isso, o amor como energia potencial acabaria nos forçando a estabelecer ritmos de progresso onde quer que seja reconhecido.
Tudo isso porque, quando vemos o belo, reconhecemos que podemos acessá-lo, desde que nos esforcemos para isso.
Meu entendimento sobre o tema me leva a crer que, mesmo que armazenado e acumulado por muito tempo, este amor sempre nos causará a necessidade de amar, de colocar o amor em movimento, o que geraria ondas de serviço na criação.
Penso ainda que a resistência à entrada consciente no fluxo de amor, ou seja, a resistência à ideia de amarmos a tudo e a todos, provoca dores e desconfortos acumulativos que quebram a dominância que hoje desejamos estabelecer sobre o universo; mas este seria outro texto longo e fugiria do escopo desta reflexão. Trago a ideia aqui apenas como provocação sobre a inevitabilidade de nossa adesão ao serviço de transformação de nós mesmos e, consequentemente, de nossa realidade.
Talvez o amor seja a energia potencial da criação que está acessível a nós. Recurso que promove a capacidade de vencer o tempo e o espaço, de transcender as fronteiras materiais e existenciais.
Falando de forma mais religiosa, ou melhor, mais espiritual, uma vez que este amor alimenta nossa essência nas dimensões material e imaterial sem depender de dogmas, de instituições ou de rituais; o amor talvez seja a manifestação primária da vontade do criador, o sopro divino coagulado na existência, o verbo criador em essência.