?fala meu amor, diga meu amor?
?que não vai judiar comigo?
?espera meu amor?
?fica meu amor?
?então me leva pra morar contigo?
*+289-076*
Muita paz
somos seres relacionais.
Este é um fato inegável e o ponto forte destas possibilidades de relação se dá quando encontramos parcerias que nutrem nossa existência, que fazem com que nos sintamos bem e com vontade de fazermos o outro se sentir bem.
Este amor intenso que podemos ver em relações conjugais, em relações de parentesco e até mesmo entre amigos nos faz querer estar junto, partilhando nosso tempo e nossas possibilidades.
uma intensa partilha se estabelece, crescemos juntos, enfrentamos dores jumtos e celebramos juntos.
há de se cuidar, entretanto, para que não percamos nossa individualidade no processo relacional.
Por vezes vivemos para o outro com tanta intensidade que deixamos de viver nossas vidas e nossos valores.
seguimos nos anulando, buscando atitudes, posturas, falas, pensamentos e sentimentos do outro na exectativa de suprimos carências que só poderão ser resolvidas se as trabalharmos em nós, reconhecendo e cultivando a nossa individualidade e os nossos valores.
penso que nossa cultura atual nos leva a cultivamos uma ideia romântica equivocada de amor entrega, de amor sacrifício que faz com que anulemos nossa importância em nossas próprias vidas e aumentemos exageradamente a importância do outro.
a cultura cristã nos fala em uma medida de amor proporcional onde amamos o outro e a nós mesmos como receita para nos integrarmos mais plenamente à matriz criadora da vida e sermos felizes
"Amarás ao próximo como a ti mesmo"
é a proposição de Jesus para sintetizar todas as leis que regem a vida e as interpretações humanas destas leis.
se por um lado nos anulamos em favor do outro nos esquecendo de cultivar nossa própria existência, por outro lado muitos de nós trazem dificuldades para concretizar esta entrega ao outro e viver esta vida partilhada.
acabamos investindo intensamente apenas em nós mesmos e transformando as relações interpessoais em campos quase estéreis, incapazes de geração de felicidades, alegrias e prosperidade mais intensa para os envolvidos.
a letra da música nos fala de uma relação, do desejo de estar junto e me remete à necessidade de conhecermos melhor esta relação.
que expectativas depositamos no outro?
Que carências não estão atendidas em mim?
O que realmente o outro tem a me oferecer?
O que posso esperar do outro?
O que posso ofertar ao outro?
Será que estou me entregando nesta relação e ainda assim estou aberto a cultivar meu próprio jardim?
Será que estou aberto a ser cultivado pelo outro?
Quais são os limites de cultivo nesta relação que podem mediar o crescimento saudável de ambos?
Como dialogaremos nesta troca relacional para que não seja apenas entrega e anulação de um dos lados?
que possamos mergulhar nestes universos relacionais com a intensidade de nossas possibilidades sem jamais abrirmos mão do que nos é essencial
somos seres relacionais.
Este é um fato inegável e o ponto forte destas possibilidades de relação se dá quando encontramos parcerias que nutrem nossa existência, que fazem com que nos sintamos bem e com vontade de fazermos o outro se sentir bem.
Este amor intenso que podemos ver em relações conjugais, em relações de parentesco e até mesmo entre amigos nos faz querer estar junto, partilhando nosso tempo e nossas possibilidades.
uma intensa partilha se estabelece, crescemos juntos, enfrentamos dores jumtos e celebramos juntos.
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