É importante reservar tempo para fazer as coisas que você deseja, não as coisas que esperam de você.
+145-220
muita paz
Vivemos em um mundo de trocas onde precisamos entregar ao outro alguma contribuição em retribuição ao que recebemos. Mas também vivemos em um mundo onde há grande oportunidade de crescermos como pessoas e de amadurecermos como espíritos que somos.
Neste contexto penso que somos singularidades que se constroem no tempo a partir das experiências relacionais.
À medida que amadurecemos nosso sentido de existência, descobrimos nosso propósito e percebemos que é possível não ser mais um barco em alto mar ao sabor do vento.
Temos grandes velas mas também motores potentes para realizarmos movimentos até mesmo contra o vento se julgarmos necessário. Mas precisaremos escolher os mares que serão navegados e de que forma.
Somos hábeis construtores e podemos construir embarcações que favoreçam nossos propósitos de vida. Mas, neste contexto, precisaremos negociar com o mundo o nosso lugar de realização. Atualmente gosto de pensar que esta negociação tem sido muitas vezes desfavorável ao estabelecimento da liderança de nossas vidas por nós mesmos.
Estamos aprendendo a ser singularidades e talvez o grande cullto à personalidade e ao individualismo que realizamos hoje seja um grande exercício neste sentido.
Mas ainda nos deixamos arrastar por hábitos de consumo em massa, ainda somos frégeis diante de discursos bem articulados e nos sentimos intimidados diante daqueles que demonstram mais força do que nós.
Muitas vezes nos rendemos aos contextos e abrimos mão de nossas metas e propósitos em favor de servirmos como tripulantes nos barcos de outras pessoas...
É claro que ser capitão exige aprendizados e requer muitos esforços. Temos o barco mas precisamos equipá-lo. Também precisamos de uma trpulação que esteja disposta a navegar conosco e muitas vezes perceberemos que pode ser vantajoso tripularmos embarcações alheias por um tempo.
Mas, se não estamos conscientes de nossos sonhos e propósitos, corremos o risco de sermos sujeitos sem destino, que se entregam ao poder de decisão do outro e que sofrem com as contradições entre os destinos estabelecidos pelo outro e os nossos destinos intuidos e não verbalizados.
Acredito que, quando reservamos um tempo para fazer as coisas que desejamos, estamos exercitando a verbalização de nossos destinos intuídos. Estamos buscando a força para traçarmos nossas rotas e servirmos o mundo com mais autonomia.
Sempre estaremos a serviço de alguma causa. Sempre estaremos em viagens com propósito. Mas é cada vez mais importante que estejamos atentos e sintonizados com os destinos em que escohemos atuar.
Se não há espaço de escuta de nós mesmos, como construir sentimento de pertencimento, de gratidão e de felicidade?
Se não buscamos a nós mesmos e aos nossos desejos, como exercitaremos nossas potencialidades de capitão?
Vivemos em um mundo de trocas onde precisamos entregar ao outro alguma contribuição em retribuição ao que recebemos. Mas também vivemos em um mundo onde há grande oportunidade de crescermos como pessoas e de amadurecermos como espíritos que somos.
Neste contexto penso que somos singularidades que se constroem no tempo a partir das experiências relacionais.
À medida que amadurecemos nosso sentido de existência, descobrimos nosso propósito e percebemos que é possível não ser mais um barco em alto mar ao sabor do vento.