O pior das aparências é que elas não enganam indefinidamente nem mesmo quem as veste.
+224-141
muita paz
Que aparências são estas que empunhamos como estratégias relacionais?
São ferramentas de convencimento, cartões de visita? Cartas de compromisso?
Desejos e votos de prosperidade?
Lançamos estratégias relacionais e seguimos em frente sem percebermos que muitas vezes estas estratégias são limitadas pelo alcance e pela duração.
Hoje aceito viver farsas, afirmar intenções e sonhar com mais facilidade. Mas tenho me habituado a pensar se sou capaz de sustentar a estratégia abordada por longos prazos.
Fetichizamos a vida, construímos castelos de consumo e anestesiamento mantidos por parcelas de nossos orçamentos limitados, evitamos relações longas, reduzimos as amizades, popularizamos o coleguismo, colocamos redes sociais e telas de celulares entre nós e os outros, diminuímos o tamanho de nossas famílias, aumentamos o tamanho de nossas redes sociais virtuais, blindamos nossas casas como castelos e reduzimos os tamanhos dos cômodos.
Parece que aos poucos nos incapacitamos para viver as longas vidas que construímos com muito esforço. Talvez nunca tenhamos sido capazes de vivê-las e agora que elas estão efetivamente mais longas, estamos tentando inventar novas formas de viver com sentido, amplitude, significado e saúde.
Estamos ficando intolerantes e incapazes de nos relacionarmos com o diferente por longos períodos de tempo. Estamos descobrindo que é difícil convivermos conosco mesmos por longos períodos de tempo!
Talvez a precariedade das aparências como estratégia relacional seja apenas um sintoma deste fenômeno da longevidade ampliada e da busca de sentido em vidas de longo prazo.
Acredito que todos os fatores citados nos revelam uma urgência em buscarmos aprendizados para vivermos maratonas ao invés de tiros rápidos de 100 metros.
Vidas longas cobram sentido, continuidade e propósito.
Vidas longas são avessas a mudanças constantes, a gastos de energia e a momentos muito intensos por longos períodos de tempo.
Talvez vidas longas não combinem com máscaras e aparências. Talvez exijam coerência, reflexão e continuidade para serem bem vividas.
Que aparências são estas que empunhamos como estratégias relacionais?
São ferramentas de convencimento, cartões de visita? Cartas de compromisso?
Desejos e votos de prosperidade?
Lançamos estratégias relacionais e seguimos em frente sem percebermos que muitas vezes estas estratégias são limitadas pelo alcance e pela duração.