Todas as vezes, que estiveres a ponto de ceder ao cansaço ou de acatar as sugestões do desânimo, pondera que, com um pouco mais de esforço, vontade e fé, há de ser plenamente recompensado.
+018-347
muita paz
Eu li uma reflexão recentemente que alertava para o hábito que temos de abandonar as ações e os campos de realização quando estamos exaustos.
O texto trazia a recomendação do repouso, da recuperação de forças e da retomada em sequência como uma ação sábia que nos garante o progresso pessoal e a superação dos obstáculos.
Tenho pensado muito sobre isso. Quando estamos desanimados, cansados e até mesmo descrentes, nós sentimos uma onda interna, talvez ligada à preservação, que nos leva a pensar em abandonar a empreitada.
Fuga, camuflagem e confronto são respostas instintivas de preservação e, de alguma forma, se manifestam em nós nas coisas mais corriqueiras da vida.
Acho que muitos cenários que vivemos, se vistos de forma racional e desconectada das emoções, não poderiam ser vistos como questões de sobrevivência. Mas somos seres prioritariamente emocionais que estão desenvolvendo a capacidade de raciocinar.
De alguma forma nossos inconscientes despertam nossos potenciais de defesa diante daquilo que nos estressa como se estivéssemos correndo risco de vida.
É neste contexto que acredito que a recomendação do repouso se encaixa. Minha mão costumava relembrar de uma recomendação familiar para os tempos de crise.
Nada melhor entre um problema e a sua solução do que uma noite de sono no meio.
Talvez tudo o que precisemos diante de momentos difíceis seja respirar, acessar um pouco de distanciamento da questão problemática, buscar novos pontos de vista e talvez até mesmo solicitar apoio.
Hoje sei que não há castigos e nem recompensas diante dos erros e acertos. Os louros da vitória são o aprendizado, a superação do desafio ou a aceitação da impossibilidade de superação.
Talvez nem todas as batalhas possam ser vencidas.
Talvez nem todos os problemas sejam superáveis
Talvez os ganhos secundários de nossos esforços de superação sejam mais importantes do que a superação propriamente dita.
Mas de uma coisa eu tenho certeza.
Se estamos exaustos, nós acionamos mecanismos inconscientes e irracionais de sobrevivência. Mergulhamos em um ciclo infindável de ações movidas quase exclusivamente pela emoção, abrimos mão do uso da razão e talvez dificultemos nossa própria jornada de autoaperfeiçoamento e de autoconhecimento.
Acionar o modo de sobrevivência pode nos ajudar a vencer em alguns momentos. Mas talvez já tenhamos condições de achar maios mais eficazes de resolução de problemas.
Hoje quando estou a ponto de ceder a sugestões de desânimo ou de cansaço eu procuro pausar o processo de resolução e busco forças antes de retomá-lo com mais calma. Geralmente reentro no contexto com mais energia potencial de resolução e com mais sabedoria.
Não raramente percebo ao retomar a busca pela superação que nem vale a pena gastar energia com aquele assunto. Aceito o contexto, concretizo aprendizados e abandono aquele campo de realização vitorioso por ter abandonado aquilo que não é importante.
Eu li uma reflexão recentemente que alertava para o hábito que temos de abandonar as ações e os campos de realização quando estamos exaustos.
O texto trazia a recomendação do repouso, da recuperação de forças e da retomada em sequência como uma ação sábia que nos garante o progresso pessoal e a superação dos obstáculos.
Tenho pensado muito sobre isso. Quando estamos desanimados, cansados e até mesmo descrentes, nós sentimos uma onda interna, talvez ligada à preservação, que nos leva a pensar em abandonar a empreitada.