255/2023 - O amor para o Ego

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255/2023 - O amor para o Ego
dia do ano
255
O amor para o Ego
mensagem

O amor precisa de clareza.
De gestos delicados que demonstrem a verdade do que sentimos e de certezas que evidenciem se é mesmo pra valer.
+255-110
muita paz

reflexão

Fico pensando se existiriam outras formas de amor que atendam aos brutos, incapazes de perceber delicadezas, ou se estes seguem sem se sentirem amados enquanto se refinam para perceber as delicadezas.

Talvez delicadeza tenha uma medida proporcional à capacidade do sujeito. Seria algo capaz de afetar o outro abrindo-o a novos campos experienciais?

Ainda assim, não tenho certeza se precisamos evidenciar ao outro que o amamos. Não seria suficiente amarmos e apoiarmos, mesmo de forma invisível ou imperceptível ao outro? Penso que as demandas de reconhecimento e de retribuição seriam demandas do Ego, que existe desejando sentir-se amado, visto, reconhecido, preenchido e não contrariado.

Esta necessidade de clareza me parece ser uma demanda egoica, característica transitória de nosso estado evolutivo, se considerarmos a dimensão espiritual do indivíduo como transcendente ao ego.

Neste contexto, talvez precisemos que nosso ego seja convencido de que pode confiar, de que pode abrir-se para a relação e para a vida; convencimento feito por gestos claros de amor que sejam perceptíveis, sinceros, evidentes e apoiadores do desejo egoico.

Trago esta provocação à reflexão, pois lutamos intensamente para afirmar a preponderância do ego sobre nossa identidade, embora a ciência psicológica e o pensamento espiritualista nos sugiram que o ego é uma das expressões do ser, e que, talvez, nem seja predominante em termos de definição da individualidade.

Norteados por nossos egos, carecemos de provas, comprovações, validações e de segurança. Seguimos aprisionados ao sensório e ao racional!

Norteados por nosso inconsciente/espiritual, seguimos presentes na vida através dos mistérios que ela oferece, possibilitando arrebatamentos e vivências de amplitude gigantesca, inacessíveis ao ego, mas que o influenciam trazendo sentimentos de paz e de plenitude. Vivemos uma vida rica de abundância e de plenitude em que o controle torna-se desnecessário.

Eu arriscaria dizer que o ego precisa ser amado com clareza. Ele precisa ser afetado para sentir-se pertencente a algo maior, embora limitado por sua percepção. Ele deseja ser capaz de agir com esperança e capacidade de realização e controle. Neste caso, gestos perceptíveis que evidenciem a verdade egoica, que reforcem o desejo de se sentir pertencente e que não gerem frustração fazem com que o ego se sinta amado e, portanto, estimulado a crescer.

reflexão

Fico pensando se existiriam outras formas de amor que atendam aos brutos, incapazes de perceber delicadezas, ou se estes seguem sem se sentirem amados enquanto se refinam para perceber as delicadezas.

Talvez delicadeza tenha uma medida proporcional à capacidade do sujeito. Seria algo capaz de afetar o outro abrindo-o a novos campos experienciais?

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