258/2023 - Moer o passado para seguir em frente

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258/2023 - Moer o passado para seguir em frente
dia do ano
258
Moer o passado para seguir em frente
mensagem

Nunca, em hipótese alguma, se culpe por aquilo que não dependia só de você.
+258-107
muita paz

reflexão

Culpar-se ou responsabilizar-se?

Aprendi que nunca devo me culpar, nem mesmo por aquilo que dependia apenas de mim. 

Uma rápida pesquisa na internet nos diz que culpa é "consciência mais ou menos penosa de ter descumprido uma norma social e/ou um compromisso"

Há uma diferença importante entre culpa e responsabilidade.

Entender que fizemos o melhor que pudemos com o que tínhamos e sabíamos no momento da ação, é uma parte importante de uma difícil equação da vida, a da felicidade e bem-estar. 

Quando nos permitimos viver o sentimento da culpa, nós estamos afirmando que poderíamos ter feito de forma diferente e não o fizemos, mas esta avaliação considera a capacidade que eu tinha ou a capacidade ampliada que tenho no presente, a partir do amadurecimento individual e coletivo?

Outra ponderação importante sobre a ideia de culpa é que ela nos aprisiona no passado, cristalizando-nos através do remorso e nos impedindo de vivermos o presente com vistas ao futuro.

A consciência de que não é possível mudar o passado, a meu ver, é de vital importância, uma vez que liberta energias e capacidades para agir no presente, o único tempo em que podemos realizar algo.

Pensando em presente, penso que a ideia de responsabilizar-se, por outro lado, é de vital importância no equacionamento da felicidade e do bem-estar.

Uma busca pelo significado da palavra responsabilidade nos diz "obrigação de responder pelas ações próprias ou dos outros."

Responsabilizar-se diz respeito ao que podemos fazer agora, a partir da consciência ampliada de hoje em relação ao ontem, que talvez tenha se construído através das consequências de nossas ações.

Quando nos responsabilizamos por algo que fizemos, nós abrimos as portas para modificarmos para melhor a realidade atua, a pesar dos erros do passado. A vida fica mais leve.

Eu posso me sentir culpado e não me responsabilizar pelo que foi feito, ficando, inclusive, preso no passado, remoendo o assunto e me aprisionando aos padrões mentais cristalizantes do remorso

Também sou capaz de me responsabilizar sem sentir culpa. Percebo que minha ação do passado abriu campos no presente em que preciso atuar para seguir em frente. 

Quando nos sentimos culpados, mesmo após termos nos responsabilizado pelo que foi feito, arriscamos seguir com o peso do passado em nossos corações, sem nos permitirmos produzir e viver felicidade e bem-estar.

Sempre carregaremos o passado. Mas podemos escolher como nós o significamos e o que fazemos a partir dele; quando o fazemos, nos responsabilizamos...

Há ainda outro ponto que penso ser importante nesta reflexão. Já tendo trocado a ideia de culpar-se pela ideia de responsabilizar-se; fico pensando se podemos avaliar nossa responsabilidade de forma isolada, desconectada das responsabilidades dos indivíduos que se relecionam comigo. 

Acredito que todas as nossas ações estão sob nossa responsabilidade, mas não consigo deixar de considerar que somos quem somos porque estamos inseridos em um contexto coletivo. Ou seja, talvez seja impossível desconectarmos a responsabilidade individual da responsabilidade coletiva ou das outras responsabilidades individuais. 

De certa forma, toda a sociedade é responsável em algum grau pelas ações de seus membros, assim como os outros indivíduos também possuam uma parte na minha respeitabilidade individual; embora possamos pensar em diferentes graus de responsabilidade. 

Talvez algumas circunstâncias caracterizem responsabilidades em níveis diferentes para os indivíduos de um coletivo e, neste sentido, alguns serão mais responsáveis do que outros em determinada circunstância.

O fato das responsabilidades serem coletivas, embora diferentes quando consideramos o indivíduo em seu contexto de existência no grupo, ainda somos responsáveis pelas construções da sociedade em que vivemos, ainda que certas responsabilidades sejam muito pequenas.

Talvez não seja possível isentar-se da responsabilidade das escolhas dos outros, assim como não podemos deixar de considerar a responsabilidade do outro em nossas ações.

Conectados por laços familiares, sociais ou de amizade, acabamos nos responsabilizando uns pelos outros.

Esta constatação talvez seja muito importante nas reflexões sobre as ações políticas, sociais e familiares. Diante de uma ação que contradiz o acordo social de um tempo, que faremos a mais além de cobrar o maior responsável?

Talvez exista a necessidade de incrementos em leis, em processos de educação e em códigos sociais, incrementos construídos coletivamente que permitem que os indivíduos possam amadurecer e se responsabilizar por seus atos. Incrementos que poderão gerar prosperidade e paz, além de estabelecer uma sociedade mais fraterna e solidária.

reflexão

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