O alimento mantenedor da vida é o amor, sem o qual a mesma se transforma em fenômeno vegetativo, sem significado existencial.
332-033
muita paz
Fiquei pensando sobre como as pessoas dirigidas por mágoas, rancores, ódios, tristezas ou melancolias se encaixariam nesta afirmação. Seriam suas vidas sem significado existencial?
Daí me dei conta de que a resposta pode não estar nos sentimentos de pesar professados e sim no amor ferido que gerou tais sentimentos.
Amamos muito e quando este amor é ferido, podem surgir mágoas, raivas e ódios em relação a quem feriu nosso amor, por exemplo.
A postura combativa e pesarosa é, indiretamente, resposta que nasce no amor.
Talvez pudéssemos pensar sobre a saúde deste amor, sobre expectativas e frustrações, mas prefiro seguir o fluxo da ideia proposta. Sem amor, a vida se assemelha a fenômeno vegetativo, sem significado existencial.
Tentei pensar em contextos onde não há amor e, para tal, usei o artifício de perguntar onde a há vida sem significado existencial.
Me parece haver situações em que seguimos abatidos, deprimidos, melancólicos. Quando perdemos o sentido da vida. Me dei conta, entretanto, de que, nestes casos, talvez tenhamos perdido a capacidade de aceitar a realidade frente a frustrações vividas, ou seja, frente ao amor que colocamos e que não gerou os resultados pretendidos. Apegados ao amor colocado no passado e às expectativas sobre ele, nós não conseguiríamos trazer este amor para o tempo presente, gerando vazios.
Comecei a pensar, então, que talvez o problema não seja a falta de amor, mas a aplicação dele em nossas vidas. Estará exagerado em algum campo? Está no presente, no passado ou no futuro? Está aplicado em contextos reais e factíveis? É realizável? Depende da resposta do outro ou apenas da minha?
Como espiritualista, acredito que tudo tenha um significado existencial, mesmo que não o conheçamos, não o compreendamos, ou não concordemos com ele. Ou seja, acredito que mesmo os sentimentos de pesar podem ser instrumentos de crescimento pessoal, desde que nos permitamos vivê-los apesar da nossa dificuldade em estabelecer um sentido ou propósito.
Até os fenômenos de vida vegetativa podem ganhar sentido, desde que os aceitemos como experiências válidas.
Por fim, percebi que a mágica da vida acontece sempre, mesmo que estejamos sem motivação, vivendo momentaneamente de forma vegetativa e com pouco significado existencial consciente.
Acredito que sempre há amor e, consequentemente, nossa vida está sempre nutrida. Isto, entretanto, não garante a boa nutrição e sentimentos de plenitude, de propósito e de total integração consciente à vida.
Achar onde está nosso amor, estabelecer confiança na vida, viver com coragem diante do mistério e da adversidade, a meu ver, caracterizam uma estratégia poderosa. Estabelece condições de enfrentamento para os momentos em que estivermos incomodados pela falta de significado existencial, ou pelo tédio de vidas vividas no automático, sem o envolvimento de nossa vontade consciente.
Esta estratégia nos propõe a importância de nos dedicarmos à ação de amar, quando colocamos em movimento o amor que existe em nós, fazendo-o circular a nosso favor e a favor das pessoas com quem nos conectamos de alguma forma.
Fiquei pensando sobre como as pessoas dirigidas por mágoas, rancores, ódios, tristezas ou melancolias se encaixariam nesta afirmação. Seriam suas vidas sem significado existencial?
Daí me dei conta de que a resposta pode não estar nos sentimentos de pesar professados e sim no amor ferido que gerou tais sentimentos.
Amamos muito e quando este amor é ferido, podem surgir mágoas, raivas e ódios em relação a quem feriu nosso amor, por exemplo.
A postura combativa e pesarosa é, indiretamente, resposta que nasce no amor.