🎼_novamente eu penso ir embora_🎼
🎼_viver a vida que eu quiser_🎼
*+336-029*
*muita paz*
Muitas vezes confundimos liberdade com descompromisso com a vida e com as relações em sociedade, que nos impõe vários limites.
Outras vezes nos vemos tão limitados, com tantas restrições impostas pelo mundo e por nós mesmos que nos sentimos prisioneiros cumprindo prisão perpétua.
Quero ser livre para fazer o quê?
Por que me sinto aprisionado?
Quero fugir de que responsabilidades?
O que faço, mas acho que não me compete?
O que desejo prejudica alguém?
Estou sendo prejudicado pelo desejo de alguém?
Desejo infringir leis?
Leis que estão sendo infringidas estão me prejudicando?
Estes são alguns questionamentos que surgiram à minha mente quando li o recorte proposto, que está contido na música "À Janela" de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
Como de costume, não procurei ter acesso à letra completa da canção, cujo contexto minha ignorância cultural me impede de acessar de memória, mas achei estas duas frases bastante interessantes.
É interessante como nos prendemos ao que falta, ao que não temos. Vivemos com dificuldades de reconhecer o que conquistamos, o que é abundante. Talvez por isso tenhamos tanta dificuldade com sentimentos como alegria e gratidão, antídotos naturais para os males da alma.
Nos sentindo em falta, lutamos entre os extremos da abundância passiva e da falta provocadora de lutas. Parece que o caminho do meio fica esquecido.
Sentimos a necessidade de lutar a favor do atendimento de nossos desejos, queremos suprir o que queremos ter. Quando conquistamos, entretanto, entramos em uma condição de inércia e repouso quase passiva diante da vida; até que percebamos novo contexto de carência e entramos novamente em modo lutador.
Talvez importe, diante da falta, nos perguntarmos o que é abundante em nossas vidas.
O que já teremos conquistado?
O que nunca falta?
O que conseguimos partilhar sem nos fazer falta?
O que temos disponível e que podemos usar como moeda de troca?
Assim, talvez consigamos caminhar pelo caminho do meio, sem a necessidade de fugir ou abandonar.
Penso que construir continua e progressivamente seja a melhor solução para este sentimento de falta, até porque o desejo, por definição, jamais será plenamente atendido.
Ampliar o olhar e celebrar o que temos pode nos ajudar a viver com esta natural falta de alguma coisa, com este vazio permanente e com a frustração de não podermos ser plenamente atendidos.
Talvez assim não repitamos ciclos como o colocado: "Novamente penso e ir embora"
Reduzindo a dor do que falta.
Muitas vezes confundimos liberdade com descompromisso com a vida e com as relações em sociedade, que nos impõe vários limites.
Outras vezes nos vemos tão limitados, com tantas restrições impostas pelo mundo e por nós mesmos que nos sentimos prisioneiros cumprindo prisão perpétua.
Quero ser livre para fazer o quê?
Por que me sinto aprisionado?
Quero fugir de que responsabilidades?
O que faço, mas acho que não me compete?
O que desejo prejudica alguém?
Estou sendo prejudicado pelo desejo de alguém?
Desejo infringir leis?