O amor não acusa, corrige; não atemoriza, ajuda; não pune, educa; não execra, edifica; não destrói, salva.
Assim sendo, ame sempre.
+339-026
muita paz
Sempre me surpreendo sobre a quantidade de caminhos que podemos construir enquanto refletimos sobre o amor e o ato de amar.
Acho que falamos muito de um amor idealizado, perfeito e pleno, que tentamos desenvolver em nós.
Fiquei pensando sobre isso a partir de dois pontos de vista.
Primeiramente, será que toda correção, ajuda, ato educativo, edificante ou de salvação é revestido de amor?
E, se for, deve levar o outro a um lugar de tranquilidade e conforto ou provocá-lo ao crescimento pessoal, mesmo que precise causar algum desconforto e angústia?
Não sei se tenho resposta para essas perguntas, mas sinto talvez possamos refletir sobre elas.
À medida que fui realizando uma rápida ausculta de meu coração, percebi o segundo ponto de vista...
Será que todas as acusações, atemorizações, punições, execrações e destruições são desprovidas de amor?
Por isso gosto de fazer uma distinção entre o amor, esta matéria-prima sublime que todos nós possuímos, e o ato de amar, a expressão do amor que somos capazes de realizar em relação a nós mesmos e ao outro.
Eu acredito, sinceramente, que uma mãe cheia de amor em relação ao um filho é capaz de acusá-lo e de atemorizá-lo. Talvez ela não conheça outros caminhos para implementar educação, para promover edificação e, em última instância, para levar o amado filho a um contexto de mais conforto e segurança, que pode ser visto como salvação em relação à vida que ela mesma experimenta.
Até hoje usamos recursos complicados em nossos processos educativos. Criar medo e ojeriza são apenas alguns caminhos que poderiam ser melhor refletidos.
Uma vez questionei uma mãe que batia em seu filho e sua resposta foi: É melhor ele apanhar de mim e se acertar na vida do que apanhar dos traficantes quando estiver fazendo besteira.
Será possível negar que existe amor na ação violenta e punitiva desta mãe?
Uma vez um pai me contou como fez o filho parar de traficar pequenas quantidades de drogas para os colegas da escola. Ele combinou com um policial amigo e criaram uma encenação bastante traumática para que o garoto levasse um susto. Nem vou entrar em detalhes sobre o constrangimento, mas asseguro que foi tão impactante que o garoto ficou traumatizado e entrou em depressão, embora tenha parado de traficar.
Este pai conta, orgulhoso, como impediu que um mal maior acontecesse na vida do filho. Entre prisão e depressão com risco de suicídio, na cabeça do pai, era melhor evitar a prisão. Será que não há algum nível de amor e cuidado por este filho?
Acusações, correções, atemorizações, ajudas, punições, atos educativos, execrações, edificações, destruições ou salvações, estas expressões podem ser expressões de amor e acredito que precisemos olhar com muito carinho e respeito para cada uma delas.
Hoje, à medida que nosso conhecimento humano avança, já somos capazes de apontar atitudes mais adequadas para apoiar o crescimento daqueles que amamos. Mas talvez nem todos sejam capazes de colocar tais conhecimentos em prática. Talvez alguns de nós nem mesmo tenhamos acesso a tais conhecimentos.
Neste caso, eu diria amemos sempre e busquemos oferecer a melhor e mais sincera expressão de amor que pudermos, mas também estejamos abertos e flexíveis para aprendermos formas de amar mais eficientes à medida que amadurecemos como seres humanos.
Sempre me surpreendo sobre a quantidade de caminhos que podemos construir enquanto refletimos sobre o amor e o ato de amar.
Acho que falamos muito de um amor idealizado, perfeito e pleno, que tentamos desenvolver em nós.
Fiquei pensando sobre isso a partir de dois pontos de vista.
Primeiramente, será que toda correção, ajuda, ato educativo, edificante ou de salvação é revestido de amor?
E, se for, deve levar o outro a um lugar de tranquilidade e conforto ou provocá-lo ao crescimento pessoal, mesmo que precise causar algum desconforto e angústia?