124/2024 - Vida Integral

Inquietação
Vivemos por nós ou pelo outro?
Image
Acordei Inspirado 124/2024 - Vida Integral
124/2024 - Vida Integral
dia do ano
124
Vida Integral
mensagem

É importante estarmos de bom humor, satisfeitos conosco mesmos e com a vida em geral.
Sermos companheiros, amigos leais, estarmos sempre à ajudar o outro, trabalharmos no bem, cuidarmos da nossa parte moral, sermos enfim, agradáveis e assim atrairemos também simpatia e carinho.
+124-242
muita paz

reflexão

Eu gostaria de estar sempre satisfeito e de bom humor. Penso que este estado de espírito simboliza para nós a ausência de eventos frustrantes na vida ou a grande capacidade de resiliência adaptativa e de aceitação. Mas confesso que me surpreendi com a impressão de que a permanência prolongada neste estado de espírito pode atrapalhar nossa caminhada.

Tendemos à acomodação. Se tudo estiver bem, fluindo sem dores e frustrações, tendemos à estagnação, o que pode ser um grande problema em um mundo impermanente, onde tudo muda o tempo todo. 

Olhando de outra forma, talvez a impermanência impossibilite a estagnação por longos períodos, uma vez que ela estará sempre gerando apelos de transformação que promovem frustrações.

Aceitar a necessidade de mudança e estar sempre envolvido com adaptações de vida, de projetos, de conhecimentos e até mesmo de humanidades talvez gere bom humor e satisfação, mas exigirá para isso que não mantenhamos no coração por longos períodos, a expectativa de que é possível manter tudo estável e constante, sem mudanças. 

Companheirismo, amizade, lealdade e solidariedade podem ser habilidades humanas importantes no exercício de transformação de si com humor e satisfação. Habilidades que facilitam as relações e cativam corações. Pondero, entretanto, se deveriam ser usadas com a intencionalidade de receber simpatia e carinho.

Acredito que a simpatia e o carinho surjam naturalmente nas relações, embora não exista necessariamente uma relação de causalidade entre eles e o companheirismo, a amizade, a lealdade e a solidariedade.

Gosto de pensar que boas relações, bom humor e satisfação são ingredientes poderosos para gerar paz e bem-estar social, que facilitam o atendimento de nossos propósitos e a geração de prosperidade espiritual que, a meu ver, são focos muito importantes para o estabelecimento do sentido na vida e felicidade.

Nesta jornada, talvez possamos ser facilitadores de propósitos e de prosperidade espiritual na história construída por outras pessoas, mas penso que nosso foco não deva ser o outro, externo a nós, mas o atendimento de nossas próprias ideações.

Uma vida bem vivida, a meu ver, seria uma vida de buscas, de aventuras e de construções íntimas que se integre a outras vidas de maneira gentil, generosa, fraterna e solidária. Talvez alguns chamem a isso de trabalho no bem, talvez outros vejam como uma vida autocentrada e, por certo, existirão aqueles que vejam como uma vida egoísta. Mas não seria a autorrealização o principal aspecto de construção de satisfação e promotor de bom humor?

Os companheiros dividem trechos de caminhada de maneira solidária e fraterna.

Os amigos leais honram o outro através da aceitação plena de suas histórias e narrativas autorais.

Ajudar o outro, neste contexto, talvez seja, necessariamente, estar atento ao outro sem tentar convertê-lo ou submetê-lo aos nossos olhares de mundo, enquanto partilhamos momentos, conhecimentos e esforços. 

Ajudar o outro significa, para mim, celebrar o propósito que não é meu como um propósito digno de existir como expressão autêntica deste outro que atravessa meus caminhos criando momentos relacionais coletivos de troca, de alegria, de aprendizado e de superação.

Assim, a impressão que fica em meu coração, a partir desta reflexão, é a de que precisamos estar atentos a estes cruzamentos entre o Eu e o Outro, entre o Meu e o Alheio. É neste encontro que nos construímos e podemos estabelecer momentos singulares de fruição, de bom humor e de satisfação.

reflexão

Eu gostaria de estar sempre satisfeito e de bom humor. Penso que este estado de espírito simboliza para nós a ausência de eventos frustrantes na vida ou a grande capacidade de resiliência adaptativa e de aceitação. Mas confesso que me surpreendi com a impressão de que a permanência prolongada neste estado de espírito pode atrapalhar nossa caminhada.

Tendemos à acomodação. Se tudo estiver bem, fluindo sem dores e frustrações, tendemos à estagnação, o que pode ser um grande problema em um mundo impermanente, onde tudo muda o tempo todo. 

Mais Reflexões

Como podemos transformar incertezas e desafios inesperados em oportunidades de crescimento e aprendizado pessoal?
Como nossas escolhas e experiências moldam a identidade que acreditamos ser verdadeiramente nossa?
Como podemos transformar nossas relações e ambientes sociais para que a paz e a harmonia prevaleçam sobre o conflito e a imposição?
Como podemos reconciliar nossas verdades pessoais com as coletivas para promover uma convivência mais harmoniosa e empática?
Como podemos compreender e expressar o amor de maneira que respeite a singularidade de cada indivíduo e evite mal-entendidos nas relações?
Como a criação de imagens mentais positivas pode influenciar a percepção de oportunidades e a realização de objetivos em um mundo complexo e interconectado?
Como a busca humana por sentido e felicidade se manifesta, considerando a relação entre o desejo de um modelo ideal, como o divino, e a realidade da incerteza e das possibilidades do universo?
Como as emoções influenciam nosso bem-estar e podem transformar nossas experiências de vida?
Como podemos transformar o sistema educacional para que ele promova o desenvolvimento crítico e criativo dos alunos, em vez de apenas moldá-los para se encaixarem em padrões preestabelecidos?
Como podemos transformar nossos erros passados em oportunidades para redefinir nossos objetivos e crescer pessoalmente?
Como as experiências pessoais e características como a cor da pele influenciam a formação da identidade e a percepção de igualdade em uma sociedade diversa?
Como podemos superar a sensação de desconexão e redescobrir o amor que já existe em nós e nas nossas relações?