Alguns amores nos transpassam, e revelam algo em nós que nem mesmo sabíamos.
Depois de experimentarmos esse tipo de amor, nunca mais voltaremos a ser os mesmos.
Não há como voltar, nem se arrepender; só agradecer, e tocar a vida pra frente
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muita paz
Fiquei pensando na beleza e na intensidade de tal experiência, ser transpassado pelo amor, mas também na abertura que os envolvidos precisam construir para viver esta intensidade relacional.
Permitir que o outro chegue até nosso mundo interior deve ser uma experiência transcendente, daí a ideia do transpassar.
Sem dúvida foi necessário ter muita coragem e confiança para experienciar o amor desta forma, amor intenso que carrega em si a possibilidade de ultrapassar a superfície do espaço, do tempo e de nossos egos para se fixar profundamente na dimensão espiritual do nosso ser.
Penso que, através do acesso profundo concedido por nós ao outro, nós abrimos campos para que dimensões espirituais e existenciais sejam trabalhados em nós, dimensões que vivem no inconsciente e que eclodem em nossas vidas apenas por expressões imprevisíveis e sem controle consciente efetivo. Talvez por isso ocorram a surpresa e a constatação de impossibilidade de retorno ao que se era antes da abertura.
Quando há reciprocidade nesta vivência, as almas se entrelaçam, criando um núcleo vivo, firme e coeso de transformação da realidade. Acredito que os que se amam com reciprocidade criam um polo irradiador de energias amorosas que é capaz de inspirar o universo a expressar-se com beleza e harmonia.
Em uma reação em cadeia, o amor vivido estimula a construção de outros polos irradiadores e assim podemos construir a paz em nós e na sociedade.
Fiquei pensando na beleza e na intensidade de tal experiência, ser transpassado pelo amor, mas também na abertura que os envolvidos precisam construir para viver esta intensidade relacional.
Permitir que o outro chegue até nosso mundo interior deve ser uma experiência transcendente, daí a ideia do transpassar.