Desista de procurar lares dentro de outras pessoas - você é seu próprio abrigo.
Ame-se
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Temos pensado bastante sobre o amor a nós mesmos e o respeito aos nossos limites para estabelecermos felicidade.
Eu acredito que esta temática recorrente caminha na direção da falta de acolhimento de quem somos por nós mesmos, o que se dê, talvez, devido ao reconhecimento da existência de sombras e às idealizações de perfeição, nascidas como fruto de nossas construções sociais e individuais.
Procuramos o acerto, a beleza, a quietude, a paz, a liberdade e o menor esforço, em nossos lares, entre outros móveis, mas não conseguimos encontrá-los. Acabamos abandonando nosso lar e tentando habitar outros em que imaginamos que estejam devidamente mobiliados.
Dito de outra forma: Queremos aconchego, acolhimento, conforto e amor.
Quando todos nós carregam o mesmo entendimento, formam-se multidões de insatisfeitos que buscam no outro o que não encontraram em si. Ninguém se entende e todo mundo cobra o outro.
Diante da falta da impressão de desabrigo interno e de reconhecimento externo, acabamos desanimando e entristecendo.
Neste momento de abatimento é que reconheço a recomendação proposta. Como diria L. Frank Baum através da protagonista Alice na obra O Mágico de OZ:
"Não há lugar como o nosso lar."
Amadurecemos após vivermos buscas e aventuras externas, mas sentimos a necessidade de voltar.
Somos nosso próprio abrigo, somos a autodeclaração de nossa essência, que incluí não apenas pesar, medo e insatisfação, mas também ideal, desejo, propósito e capacidade de realização.
A diretriz proposta, "Ame-se", soa em meu coração como um lembrete objetivo de que temos um lar e sempre precisamos voltar para ele após nossas jornadas de busca.
A integração das emoções, dos sentimentos, das memórias e dos aprendizados é que suprirá o que falta em nossos lares. O desabrigo é a constatação de que podemos reformar e que precisamos buscar, mas precisamos estar em nós para organizarmos tudo o que conquistamos.
Amar-se, para mim, é celebrar-se na falta e na abundância; carregar a certeza de que a segurança que gera acerto, beleza, quietude, paz e liberdade só poderá ser construída em nossos lares interiores.
Quanto ao menor esforço, talvez precisemos avaliá-lo sob a ótica dos longos processos de vida. A lei do menor esforço dificilmente considera os desgastes e desperdícios causados pela ação imediata, aparentemente mais fácil...
Temos pensado bastante sobre o amor a nós mesmos e o respeito aos nossos limites para estabelecermos felicidade.
Eu acredito que esta temática recorrente caminha na direção da falta de acolhimento de quem somos por nós mesmos, o que se dê, talvez, devido ao reconhecimento da existência de sombras e às idealizações de perfeição, nascidas como fruto de nossas construções sociais e individuais.