Hoje pode ser um dia para você não alimentar expectativas, nem tentar controlar o que não pode, ou se culpar por aquilo que não depende só de você.
Desligue o wi-fi do seu coração.
+178-188
muita paz
Desconectar-se?
Confesso que a proposição me causou certo estranhamento. Psicanaliticamente eu diria que me afetou profundamente. Fiquei procurando que afeto é este!
Confesso que hoje sou adepto das expectativas, representantes autênticas do desejo, daquilo que nos move.
Não consigo me pensar como um ser feliz sem desejos, sem a necessidade de concretização de algo, de realização de um contexto que não tenho hoje.
No passado fui defensor da frieza mecânica gerada por vidas vazias de desejos, projeções, ilusões e expectativas.
Hoje entendo que estas são, provavelmente, as características mais especiais que distinguem a humanidade do restante da vida orgânica.
Ter vontade, não se satisfazer com o que a vida entrega, querer realizar mais, viver condições diferentes daquelas que encontramos seria outra forma de dizer o que já foi dito.
Talvez o grande desafio seja o de viver nosso desejo juntamente com a impossibilidade de controle e a possibilidade concreta das frustrações.
Libertar-se da culpa, assumir a responsabilidade, viver o campo infinito de possibilidades no presente, fazer escolhas, contentar-se com as perdas e ganhos diante da imprevisibilidade do mistério da vida é a aventura humana que nos entrega a ventura da felicidade.
Mas, diante de tudo isso, como desconectar o wi-fi e viver off-line, distante do tempo real que nos traz a possibilidade de viver a virtualidade de nossos sonhos e a lembrança de nossas conquistas?
Eu diria que hoje é o dia mais importante de nossas vidas. Dia que ganha significado pelo que fomos e pelo que sonhamos ser, mas que exige presença de espírito para encarar as infinitas opções e fazer escolhas a partir do que somos e conhecemos, mesmo que este estado de ser seja incompleto, imperfeito e repleto de desconhecimentos.
Desconectar-se?
Confesso que a proposição me causou certo estranhamento. Psicanaliticamente eu diria que me afetou profundamente. Fiquei procurando que afeto é este!
Confesso que hoje sou adepto das expectativas, representantes autênticas do desejo, daquilo que nos move.
Não consigo me pensar como um ser feliz sem desejos, sem a necessidade de concretização de algo, de realização de um contexto que não tenho hoje.
No passado fui defensor da frieza mecânica gerada por vidas vazias de desejos, projeções, ilusões e expectativas.