197/2024 - Ideação utópica

Inquietação
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Acordei Inspirado 197/2024 - Ideação utópica
197/2024 - Ideação utópica
dia do ano
197
Ideação utópica
mensagem

O homem semeia um pensamento e colhe uma ação.
O homem semeia uma ação e colhe um hábito.
O homem com hábito cristão e moral colhe caráter
O homem semeia caráter colhe o destino.
Respeite, ame e seja autêntico
+197-169
muita paz

reflexão

Enfrentei algumas dificuldades para sentir o encadeamento lógico proposto. Divido as inquietações com você!

Acredito que o homem semeie pensamentos e colha ações. Afirmar pensamentos e ações no plural expressaria melhor a complexidade da existência, além da difícil correlação entre ações no tempo e as respostas do universo. O que você acha?

Penso que o desafio da implantação de hábitos é o ato de semear reiterada e continuamente ações iguais ou parecidas. A repetição no tempo é que define os hábitos. Por isso precisamos de persistência e paciência...

Acredito que a ideia de caráter esteja posta de forma parcial na afirmação. Na figura popular, temos o bom caráter e o mau-caráter. Entendo a sugestão: Hábitos cristãos levam a bom caráter. Acredito, entretanto, que exista certa desconexão entre hábitos e sentimentos que deva ser considerada nesta afirmação. 

A grande questão envolvendo os hábitos é que, uma vez estabelecidos, a repetição das ações torna-se irrefletida, automática e, arrisco dizer, desprovida de emoção ou sentimento.

O que pensamos como bom caráter, a postura relacional solidária e fraterna que implanta o cuidado com o outro e que visa evitar prejuízos, sofrimentos e dores para as pessoas devido às nossas ações, conforme penso, tem relação com sentimento, emoção, intencionalidade e presença de espírito. 

Será que ações maquinais e irrefletidas nos levam a este lugar de uma cultura atenta, que considera o cuidado com aqueles com quem nos relacionamos? 

Sobre os destinos, pelas nossas conversas recentes aqui no projeto, talvez sejam definidos pelas nossas ações, mas não somente por elas. Acho que é muito difícil definirmos o destino de maneira intencional quando não detemos controle sobre todos os aspectos da vida, e nem mesmo o entendimento amplo sobre ela. Por isso defendo a ideia de pensarmos no presente e não no futuro, o que nos traz menos ansiedade e mais assertividade diante do que estamos nos propondo a viver.

Neste equacionar desafiador, o respeito nasce do nosso esforço para amarmos, talvez seja um estágio de prática do amor, mas não consigo ver ligação direta com a sugestão de autenticidade.

Desta forma, se acreditamos em uma cultura do cuidado com o outro, precisaríamos estar atentos principalmente às ações que repetimos com frequência nas relações que mantemos com o mundo. Em tese, se, enquanto sociedade, se formos consistentes com esta atenção ao outro, seremos capazes de definir coletivamente um destino dourado onde a prática do amor relacional e do cuidado imperam.

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