Quanto mais você fingir ser quem não é, mais difícil será voltar ao que se é de verdade.
+264-102
muita paz
Fiquei pensando sobre esse jogo de ser, fingir ser, tentar ser e desistir de ser.
Jogo que se torna ainda mais complexo quando pensamos em Verdade, verdades, ilusões, desejos, vontades, medos e apegos.
Gosto de me pensar como uma singularidade que é muitas coisas ao mesmo tempo, mas que ainda não possui o pleno conhecimento sobre si mesma e seus potenciais. Acredito que sou ser em curso de crescimento rumo ao infinito misterioso. Ando cheio de desejos e medos, de conhecimentos e apegos.
Mergulhados no sagrado, com os pés firmes sobre mistérios ainda indecifráveis para as nossas mentes conscientes, fingir ser talvez seja uma estratégia importante para nos reconhecermos, para exercitarmos o conhecimento sobre nós mesmos.
Intuímos a Verdade, a grande verdade, mas vivemos verdades, muitas delas transitórias, que nos apoiam no processo de crescimento espiritual, no desenvolvimento de nossas consciências, na superação de desafios e no estabelecimento de sociedades equilibradas e culturalmente ricas.
Vejo o fingir ser como caminho para descobrir quem somos e quem podemos ser. Através do desejo de querer ser, do medo do que não queremos ser e da liberdade de ser quem não se é, descobrimos pedaços da grande Verdade, inventamos pequenas verdades e organizamos conceitos como humanidade, civilidade, natureza, universo, infinito, eterno e singular.
Eu arriscaria dizer que, mesmo se fingirmos pouco, sempre será impossível voltar a ser quem éramos.
Tocados por novas descobertas; influenciados por conquistas e frustrações; limitados por nossos desconhecimentos, apegos e medos; estimulados por nossos desejos e insatisfações; não conseguimos desfazer o que construímos em nós enquanto tentávamos ser algo diferente do que somos. Acabamos sendo forçados a abandonar pequenas verdades e a abraçar novas pequenas verdades que permitam que nos conciliemos mais pacificamente com o que descobrimos sobre nós mesmos, sobre a natureza e sobre o universo através do ato de fingir ser.
Como em uma grande brincadeira, inventaremos novos papéis, estabeleceremos novas relações, ressignificaremos relações antigas e partiremos para novos fingimentos até que possamos nos perceber por completo, como seres singulares que somos.
Cada desejo, ilusão, fingimento e pequena verdade conta como experiência de vida no processo de desvelamento de nossa identidade espiritual, que transcende a consciência e abraça campos do inconsciente e do supraconsciente.
Penso que, ao constatarmos o desgaste de nossas verdades, o cansaço sobre nossos fingimentos, ou o arrependimento diante de nossas escolhas; conscientes de que não será possível voltar ao ponto de partida, precisaremos olhar para nosso desejo para definirmos novos caminhos, novos fingimentos e novas brincadeiras.
Fiquei pensando sobre esse jogo de ser, fingir ser, tentar ser e desistir de ser.
Jogo que se torna ainda mais complexo quando pensamos em Verdade, verdades, ilusões, desejos, vontades, medos e apegos.
Gosto de me pensar como uma singularidade que é muitas coisas ao mesmo tempo, mas que ainda não possui o pleno conhecimento sobre si mesma e seus potenciais. Acredito que sou ser em curso de crescimento rumo ao infinito misterioso. Ando cheio de desejos e medos, de conhecimentos e apegos.